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Para deputado, decisão da TAM de deixar Congonhas é marketing

O 1º vice-presidente da CPI da Crise Aérea, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que a decisão da TAM de não pousar mais no aeroporto de Congonhas até que as ranhuras da pista sejam feitas trata-se apenas de estratégia de marketing. Ele salientou

Nesta quarta-feira, o vice-presidente técnico da TAM, Rui Amparo, reafirmou em audiência na CPI da Crise Aérea que, no dia do acidente, a aeronave Airbus estava em condições para pousar no aeroporto de Congonhas, mesmo com o defeito no reverso da turbina direita. O aparelho é utilizado para auxiliar a frenagem do avião.


 


O deputado Vic Pires Franco (DEM-PA) observou que o regulamento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) recomenda uso máximo do reverso possível em pouso com pista molhada. Ele questionou se não seria imprudente o avião ter partido de Porto Alegre sem o reverso direito, o que impediria cumprir a determinação. Amparo insistiu que o piloto é soberano para decidir sobre as condições de pouso e decolagem e poderia escolher um aeroporto alternativo.


 


Os deputados gaúchos Pepe Vargas (PT) e Luciana Genro (Psol) indagaram sobre as contradições entre a recomendações da Anac e do manual da Airbus sobre o uso do reverso em caso de pista molhada. Para o vice-presidente da TAM, o manual a ser seguido é o da aeronave, que apontava condições perfeitamente seguras para o pouso.


 


O relator da CPI, deputado Marco Maia (PT-RS), questionou o prazo de 15 minutos estipulado pela TAM para que mecânico e piloto verifiquem as condições da aeronave antes da decolagem. Rui Amparo afirmou que o tempo é suficiente. “Se houver problema em terra, a aeronave só pode partir após a manutenção ser feita”, ponderou.


 


O vice-presidente da TAM ainda negou que o acidente possa ter sido causado por falha do controle de sistema da aeronave. Ele informou que, abaixo de cem pés, o piloto tem controle total sobre o comando do Airbus. “Em pouso e decolagem, computadores de bordo só dão as informações necessárias ao piloto.”


 


Com informações da Agência Câmara