Uma unidade muito importante

Os trabalhadores da área siderúrgica estão encaminhando pautas de reivindicações ao Sistema Usiminas e  Mital Arcellor. Algumas caravanas foram montadas para irem à Belo Horizonte, onde além da reunião com as direções dessas Empresas foram feitas tam

A atitude dos sindicalistas merece algumas considerações. Em primeiro lugar tem o destaque da tentativa de buscar a unidade de luta, tomando como base alguns pontos  que  são comuns aos trabalhadores de todas as empresas siderúrgicas. A jornada de trabalho é uma delas. Todas as Empresas que fabricam aço tem como característica o trabalho ininterrupto. Ou seja, o revezamento é permanente. E a nossa Constituição promulgada em 1988  explicita que a jornada de trabalho em tal caso é de seis horas, com o limite de 33,6 horas semanais. Mas nenhuma Empresa cumpre esta determinação. Em alguns casos houve negociação. Em outros, a imposição inclusive de horários inadequados, como o turno fixo.


 


Outra questão que merece atenção tem a ver com o nível salarial. Há uma semelhança muito grande entre o desempenho das funções entre trabalhadores das várias Empresas. Mas os salários variam, sem contar que mesmo aqueles que são melhores, estão aquém do desejado, num setor que conta com um potencial muito grande de crescimento de resultados.
 


Há outros pontos, como a Participação nos Lucros, o respeito à organização sindical, a melhoria das condições e da segurança do trabalho.
 


As Empresas dessa área não vão aceitar facilmente a negociação em termos amplos. Mas os trabalhadores sabem que nunca obtiveram avanços e direitos sem a mobilização, sem lutar. O momento não é dos mais favoráveis, tendo em vista o avanço cada vez maior de uma tecnologia que se faz presente no sentido de aumentar a produtividade e os ganhos econômicos. E com repercussão no efetivo funcional.
 


Porisso é preciso encaminhar as reivindicações e promover a organização  não apenas com os trabalhadores da Empresa, mas também com os terceirizados, aumentando por conseqüência o poder de pressão.
 


O primeiro passo foi dado e merece toda a atenção. E apoio de outras categorias.


 


Uriel Villas Boas, da coordenação da CSC na Baixada Santista, para o Vermelho-SP