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Após protesto, Caixa e MST discutirão assentamento no Rio

Depois de ocuparem uma agência de auto-atendimento da Caixa Econômica Federal em Campos dos Goytacezes no Dia do Trabalhador Rural (25), membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) vão se reunir nesta semana com o gerente regional de

Os sem-terra reivindicam que a Caixa libere crédito para a construção de casas para outras 200 famílias que aguardam para ser assentadas. O banco diz que, para isso, é preciso saber se essas pessoas poderão ser assentadas de acordo com os critérios do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).


 


Carlos Aparecido, representante da Caixa, considerou a manifestação de quarta-feira (25) tranqüila e explica que houve falha de comunicação entre os representantes do MST e o banco. “Nós já vínhamos conversando e eles ainda não tinham nos encaminhado a documentação necessária para nós analisarmos o que eles querem fazer no local do assentamento e a nós só cabe a parte de habitação. Ao mesmo tempo, nós ainda não temos autorização do Incra para fazer a contratação com eles e o Incra está em greve há praticamente dois meses”, explicou.


 


O resultado, segundo Aparecido, é que “está tudo parado com relação ao Incra, a Caixa e o assentamento Dandara, que foi priorizado para que a gente faça as primeiras contratações do crédito aqui da zona rural da nossa cidade”. “E acho que ficou claro para eles que o nosso interesse é atender, não só a esse, mas a todos os assentamentos da cidade. Só que pra isso, nós temos que seguir as regras e uma série de procedimentos devem ser atendidos. Assim que forem obedecidos, nós iremos, com prazer, assinar todos os contratos que forem possíveis”, disse.


 


A integrante da direção estadual do MST, Ironilde Silva, afirma que a documentação necessária para que as outras 200 famílias sejam assentadas já está sendo providenciada. “A partir de agora temos que agilizar todo o processo. As documentações necessárias já estão sendo providenciadas, agora que nós sabemos com clareza o que é preciso. N´so esperamos que as coisas deslanchem com a mesma boa vontade que foi dita”, explicou.


 


Na quarta-feira (25), representantes do Movimento dos Sem Terra lembraram o Dia do Trabalhador com manifestações em várias agências da Caixa Econômica Federal de todo o país. Os trabalhadores reivindicaram a liberação de recursos para financianciamento de lavouras e cobraram mais créditos para a agricultura familiar.


 


Fonte: Agência Brasil