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FAB critica conclusão da “Veja” sobre acidente da TAM

O Comando da Aeronáutica considera prematura e inoportuna qualquer conclusão a respeito do acidente com o Airbus A 320 da TAM antes do término das investigações. Essa foi a resposta da Aeronáutica à reportagem publicada na edição 2019 da revista Veja<

Segundo o comunicado, publicado, neste sábado, no site da Força Aérea Brasileira (FAB), as hipóteses apresentadas pela revista estão entre várias outras que a comissão está investigando com a mesma profundidade, conforme o explicado pelo chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), brigadeiro-do-ar Jorge Kersul Filho, em entrevista à imprensa concedida na sexta-feira.


 


O texto diz, ainda, que a comissão que apura as razões do acidente “não repassou, em nenhum momento, dados ou informações para pessoas estranhas à investigação”.


 


De acordo com a Veja, um erro cometido pelo comandante do Airbus da TAM teria impedido o avião de desacelerar o suficiente ao pousar. As informações obtidas na análise das caixas-pretas do Airbus A320, da TAM, indicam que uma das duas alavancas que regulam o funcionamento das turbinas da aeronave estava fora da posição quando o avião tocou a pista principal do Aeroporto de Congonhas, em 17 de julho.


 


As informações ainda são mantidas em sigilo pela comissão de investigação da Aeronáutica. Segundo a revista, o erro fez com que as turbinas do Airbus funcionassem em sentidos opostos: enquanto uma ajudava o avião a frear, a outra o fazia acelerar. O que explicaria a súbita curva que o A320 fez e o levou a bater no prédio da TAM Express, em frente ao Aeroporto de Congonhas. No desastre, morreram 199 pessoas – o que tornou o acidente o maior da história da aviação brasileira.


 


As investigações citadas pela revista revelam ainda que, apesar da chuva no dia 17 de julho, não houve aquaplanagem na pista principal de Congonhas nem falha do sistema de freios dos pneus da aeronave. A investigação completa do acidente deve demorar dez meses, mas, segundo a Veja, já é possível dizer que os motivos que levaram à queda do Airbus da TAM têm relação indireta com o fato de o reversor direito do avião estar travado.


 


O reversor é um sistema aerodinâmico auxiliar na frenagem – um mecanismo que, ao inverter o fluxo de ar das turbinas, ajuda a desacelerar o avião. Segundo a publicação, quando a aeronave viaja com um dos reversores travados, o manete tem de operar de forma diferente da rotineira – o que poderia ter confundido o comandante. Esse erro já foi registrado em outros acidentes com as mesmas proporções, como nas Filipinas, em 1998, e no aeroporto de Taipei, em Taiwan, em 2004.