Servidores gaúchos criticam arrocho salarial de Yeda
Os servidores estaduais criticam a decisão da governadora Yeda Crusius (PSDB) em reduzir o limite de pagamento para R$ 1.950,00 agora em julho. Com a medida, cerca de 14,8% dos funcionários que recebem mais do que o teto terão seus salários parcelados, ga
Publicado 30/07/2007 17:03
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (Sindsepe), Claudio Augustin, questiona a decisão da equipe econômica da governadora. Apenas 40,1 mil servidores terão seus salários parcelados em um universo de 287 mil funcionários públicos. O que, para Claudio, não resolve nem de longe os problemas econômicos do Estado, como argumenta a governadora.
“O estado, se quiser pagar, pode pagar os servidores em dia, como ocorreu nos governos Olívio (PT) e Rigotto (PMDB). Esse é mais um atentado ao serviço público e à possibilidade de ter um serviço de qualidade à sociedade gaúcha”, afirma.
Desde que assumiu o governo, Yeda Crusius vem parcelando os salários dos servidores como uma forma de conter o rombo no caixa do Estado. No entanto, os números mostram que a medida não vem dando resultado. Neste mês, o déficit do Tesouro Estadual foi o maior já registrado no ano, alcançando os R$ 285 milhões.
Claudio prevê que a situação deve piorar ainda mais, já que o governo decidiu por cortar gastos sociais ao invés de mudar a política econômica aplicada no Estado.
“A crise financeira decorre de uma política que concede altos benefícios fiscais, não tem uma política séria de combate à sonegação e tenta resolver através do corte de gastos. Só que o corte de gastos já está acima do que poderia cortar e agora estão cortando nos servidores. Agora, não tem mais o que cortar”, diz.
Para tapar o déficit, o governo pretende absorver R$ 160 milhões do Caixa Único neste mês, caixa que reúne todos os ganhos das fundações, secretarias e órgãos estaduais. Até o momento, a governadora já pegou emprestado cerca de R$ 445 milhões. Se seguir neste ritmo, Yeda irá superar os empréstimos dos governos de Olívio Dutra e Germano Rigotto.
Fonte: Agência Chasque