Metroviários de SP podem entrar em greve quarta-feira
Conforme deliberação da assembléia de 24/7, os metroviários poderão entrar em greve nesta quarta-feira, 1º de agosto. A categoria reivindica seu direito à Participação nos Resultados (PR) referente a 2007, com base no valor de uma folha e meia de pa
Publicado 31/07/2007 17:26
Assembléia desta terça-feira, 31/7, organizará a greve de 1º de agosto, caso a empresa e governo do Estado não apresentem proposta de PR que contemple as reivindicações da categoria.
Proposta
Em junho, o Metrô e governo do Estado se comprometeram “a negociar com o Sindicato o novo contrato de Participação nos Lucros e Resultados, apresentando a proposta final até 23/07/2007”. No entanto, não cumpriram com seu compromisso.
Recusaram-se a negociar a PR e apresentaram uma proposta que, além de prever o pagamento de uma única a parcela somente em fevereiro de 2008, estabelece o pagamento da PR de forma proporcional (de acordo com o salário de cada metroviário), segundo metas que dependem, única e exclusivamente, de decisões políticas da direção do Metrô e governo estadual.
Os metroviários não concordam com esta proposta e, se até o momento da assembléia a empresa e governo estadual não avançarem em sua proposição, cruzarão os braços na quarta-feira, 1º de agosto.
Medidas
O Sindicato dos Metroviários de SP mantém abertos todos os canais de negociação com a empresa e governo do Estado, mas até então não houve mudança de proposta.
O Sindicato já publicou aviso de greve à população no jornal Agora SP de 26/7, fará distribuição do Jornal do Usuário (publicação do Sindicato dirigida à população) nas estações do Metrô ainda nesta tarde e também publicará informativo da realização da greve no jornal MetroNews desta terça-feira, 31/7.
Além disso, a imprensa foi informada da decisão dos metroviários em 24/7 – mesmo dia em que a categoria decretou a greve de 1º de agosto.
A PR e a lei
A PR é um direito garantido pela Lei 10.101, de 2000, que regula a participação de todos os trabalhadores brasileiros nos lucros ou resultados da empresa, seja ela pública ou privada.
Além de ser amparado por uma lei, o direito à PR é baseado no aumento da demanda de trabalho dos metroviários, da produtividade e manutenção da qualidade da prestação de serviço.
Aqui é importante ressaltar que o quadro de funcionários da estatal está defasado, o que obriga os funcionários a fazer horas extras excessivas, inclusive em dias de folga, reduzindo também o tempo das refeições e intervalos de descanso.
Por estes motivos, os metroviários não desistirão e farão valer o que lhes é direito.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metroviários de SP