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Metalúrgicos de SP começam negociação salarial com montadoras

Os metalúrgicos das montadoras automobilísticas entram em ritmo de campanha salarial: a segunda rodada das negociações acontece na próxima segunda-feira (6). Porém o patronato ainda nem abriu a discussão das cláusulas econômicas, que incluem a decisiva

Os trabalhadores são representados pela à Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM-CUT), mas a bancada negociadora é pluri-centrais. Além dos dois sindicatos cutistas de metalúrgicos envolvidos (ABC e Taubaté), participam duas entidades da Força Sindical (Metalúrgicos de São Caetano e Tatuí) e um da CGTB (São Carlos) – representando o conjunto das montadoras do estado.



A diversidade de centrais não impede a unidade de ação dos sindicatos. Na próxima sexta-feira (3), eles têm um seminário, na sede da FEM em São Paulo, para discutir ponto por ponto a pauta de reivindicações. São pelo menos 35 novas reivindicações, entre elas licença ao pai adotante e licença maternidade igual a comum para mãe adotante de crianças maiores de um ano, licença internação para o acompanhamento pelas mães e pais de parentes próximos em tratamento médico, garantia de emprego e licença remunerada em caso de aborto e unificação dos valores do auxílio-creche.



O setor vem batendo recorde atrás de recorde, na produção, nas vendas e no faturamento. Nas negociações os empresários chegam a sinalizar com a contratação de mais operários. No ano passado, pela primeira vez em longos anos, os trabalhadores conseguiram um aumento real de salário, afora a reposição da inflação, embora de apenas 2%.  Este ano, esperam pelo menos 4%, para compensar as perdas do período anterior. Porém os empresários pressionam para manter os salários arrochados e restringir ainda mais os direitos sociais, em nome da competitividade.



A agenda da campanha salarial sofre uma interrupção nos dias 13, 14 e 15, quando os metalúrgicos do setor acampam em Brasília, como parte de uma mobilização do conjunto dos trabalhadores do país. Entre as bandeiras da mobilização nacional, estão a defesa do veto presidencial à emenda 3, a oposição às tentativas de reforma previdenciária e de restrição ao direito de greve.



Da redação, com agências