O êxito do Curso para Quadros
Por Adalberto Monteiro*
A primeira edição do CNQ, Curso Nacional para Quadros, foi um êxito. Nem o frio intenso que fez em julho, em Atibaia, São Paulo, tirou o ânimo dos participantes durante os nove dias de sua realização. O quantitativo fic
Publicado 02/08/2007 14:02
Além da quantidade, o coletivo correspondeu, em boa medida, aos critérios estabelecidos. Destaque para a participação de jovens, de trabalhadores e de mulheres. Alguns veteranos dirigentes, que ainda não haviam feito nenhum curso com essa abragência, também estiveram presentes. Em suma, a pioneira turma do CNQ correspondeu ao propósito de empreender de modo continuado a formação de uma nova geração de quadros comunistas.
O êxito decorreu de um empenho conjugado do Comitê Central, dos Comitês Estaduais e da resposta positiva dos quadros que foram indicados para participar. Essa resposta veio da consciência de cada um, de cada uma, de que os quadros são chamados a pospor seus limites, a percorrer uma linha ascendente de capacitação teórica, política, ideológica e prática dada a relevância política crescente que o partido assume no país.
Um coletivo forte deriva, entre outros fatores, de pessoas que desenvolvem suas singularidades e vocações, seu talento, consciência socialista, espírito crítico, construtivo e criativo; sua capacidade empreendedora e prática. O vigor da prática transformadora do PCdoB depende em grande parte da consciência, do compromisso e da convicção de seus quadros.
No CNQ foi ministrado o nível 2 do currículo da Escola Nacional, cujo conteúdo foi elaborado segundo a diretriz de “mais marxismo, mais Brasil”. O curso disseminou os princípios, conceitos e métodos do marxismo-leninismo e com base no instrumental dessa teoria é empreendido o estudo da realidade brasileira e mundial. A “teoria viva” a enfrentar os dilemas e problemas da luta transformadora de nosso tempo.
O corpo docente constitui-se de quase vinte professores e professoras da Escola Nacional, vários deles membros do Comitê Central, inclusive, o presidente Nacional do PCdoB, Renato Rabelo que deu a aula: “A nova luta pelo socialismo e o programa do PCdoB”.
Terminado o curso, o esforço de capacitação dos que dele participaram deve prosseguir. A linha do conhecimento é infinita e da aprendizagem também. É verdade que a concepção de formação dos quadros é multilateral. Realiza-se na vida orgânica, na ação política concreta, na elaboração de idéias, no cultivo de valores e de uma ética elevados. Contudo, sem estudo e o domínio da teoria revolucionária, sem a capacidade de se enriquecer essa teoria, a partir das lições da vida, da prática e da contribuição dos quadros será sempre aquém de suas potencialidades.
A formação tem continuidade no estudo individual, inclusive, da bibliografia indicada por cada bloco temático do curso, por outras atividades de formação oferecidas nos Estados. A primeira turma do CNQ se comprometeu em participar do esforço de construção e consolidação da Escola Nacional, ajudando a criar ou fortalecer suas seções estaduais. Foram receptivos a proposta de serem voluntários em “brigadas” que possam disseminar para milhares o Curso Básico em Vídeo (CBV).
Impulsionado pela sua “tática mais afirmativa e audaciosa” o PCdoB vive dias de movimentação intensa. Há um rumor de gente trabalhando, todas as frentes estão em pleno vapor. E o trabalho de formação, alicerçado nas seções estaduais da Escola Nacional de Formação, esforça-se para acompanhar esse ritmo acelerado. Em janeiro de 2008 haverá uma nova turma do CNQ, que será realizado já com as correções feitas a partir da avaliação crítica que foi realizada pelos alunos da primeira turma e, também, pelos núcleos de Ensino e Pesquisa da Escola.
Por outro lado, até o final do ano espera-se que cerca de 4 mil quadros tenham freqüentado o “Curso intensivo de Capacitação de Quadros Intermediários”. A formação para os militantes de base, também, está em andamento, porém, estuda-se uma iniciativa concentrada para essa faixa que é a força motriz do Partido
* Secretário de Formação e Propaganda do PCdoB e presidente do Instituto Maurício Grabois