Sudão aprova envio de força de paz da ONU ao país
O governo do Sudão anunciou na quarta-feira (1/7) sua aprovação à Resolução 1769 do Conselho de Segurança da ONU, sobre uma operação conjunta de manutenção da paz que será conduzida pelas Nações Unidas e pela União Africana na região de Darfur, no oeste d
Publicado 02/08/2007 11:20
A resolução, aprovada por unanimidade, determina o envio de uma força de 26 mil efetivos para o país. A missão tem como objetivo proteger a população e tentar colocar um fim a um conflito que dura há quatro anos e teria provocado a morte a 200 mil pessoas. É a maior missão de paz autorizada pela ONU e deve custar cerca de dois bilhões de dólares no primeiro ano.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que durante meses conduziu as negociações com o governo sudanês, classificou a resolução como “histórica e sem precedentes”.
A resolução da ONU aprovada na última terça-feira (31/7) autoriza o envio de uma força de 26 mil militares, numa missão conjunta da ONU e da União Africana, que será chamada de Missão das Nações Unidas e da União Africana em Darfur (Unamid, na sigla em inglês).
A UNAMID deve assumir todo o trabalho até 31 de dezembro. A força terá até 19.555 militares, uma parte civil com 3.772 polícias internacionais e 19 unidades especiais de policiamento com até 2.660 homens. Além disso, contará com os 7 mil soldados da União Africana já presentes no local.
O embaixador do Sudão na ONU, Abdalmahmud Abdalhalim Mohamad, considerou que a resolução contém “muitos pontos positivos e teve uma considerável abrangência para satisfazer os nossos interesses”.
Seu governo aprovou a resolução porque esta atende a maioria de suas preocupações e reservas, embora algumas preocupações do governo sudanês não tenham sido contempladas pela resolução.
“Essa resolução foi obtida depois de prolongadas consultas e intensas negociações, que duraram mais de um mês”, disse o ministro sudanês das Relações Exteriores, Lam Akol, que agradeceu as posições firmes da Rússia, China, África do Sul, Congo, Catar e Gana, que foram importantes para modificar as proposições do projeto original apresentado pelo Reino Unido e pela França.