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Bush pressiona Congresso para que aprove lei espiã

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pediu à Câmara de Representantes que aprove o projeto de lei que dá poder temporário às agências de espionagem do país para realizarem escutas nas comunicações dos cidadãos americanos sem autorização judici

O projeto de lei é chamado abertamente de “programa espião” pela própria mídia dos EUA. Em nome da “guerra contra o terrorismo”, ele permite escutas de ligações telefônicas, além de interceptação de e-mails, de pessoas nos Estados Unidos que se comunicam com indivíduos no exterior. Programas de computados de última geração permitiriam a violação de trilhões de bytes de comunicações, convertendo a administração Bush em uma espécie de Big Brother tamanho gigante.



Democratas cedem ao presidente-espião



A norma atual – conhecida como “Lei de Supervisão de Dados de Inteligência sobre Estrangeiros” (Fisa, na sigla sigla em inglês) e datada de 1978 – requer a autorização de um tribunal especial para realizar as escutas, em nome das liberdades civis.



O Senado aprovou a proposta na sexta-feira por 60 votos a favor e 28 contra, a pedido da Casa Branca. O Partido Democrata é maioria no Senado, porém uma parte da bancada democrata votou com Bush, cedendo à limitação das liberdades civis dos cidadãos. Teme-se que o mesmo aconteça na Câmara.



O projeto de lei requer que os legisladores voltem a analisar suas cláusulas principais seis meses após sua aprovação. Bush disse no comunicadoque o texto “dá aos profissionais de inteligência a autoridade e as ferramentas legais necessárias para a segurança dos Estados Unidos. Proteger os Estados Unidos é nossa obrigação mais solene, e peço que a Câmara Baixa aprove o projeto sem demora”, acrescentou.



A Câmara de Representantes deveria ter encerrado suas sessões na sexta-feira e entrado em recesso, mas continuará trabalhando para tratar da proposta, além de outros dois projetos sobre energia e despesas com a defesa.


 


Da redação, com agências