Engenheiros da Infraero pediram que pista não fosse reaberta
A diretoria de Engenharia da Infraero pediu oficialmente à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) que a pista principal do Aeroporto de Congonhas só fosse reaberta no dia 1º de julho. Esta conclusão está em documentos inéditos a que o Vermelho teve aces
Publicado 06/08/2007 14:04
Em ofício enviado dia 26 de junho a Luiz Kazumi, superintendente de Infra-estrutura da Anac, os engenheiros afirma que, embora tenham se empenhado ''100%'' para concluir as obras no tempo previsto ocorreram ''casos de força maior'', e alega que os 8 dias de chuva e 10 noites com temperaturas abaixo de 10ºc afetaram ''diretamente os serviços de usinagem e lançamento de massa asfáltica''.
Neste documento os engenheiros pedem que a pista principal seja interditada até 1º de julho, ou então opere com restrições a partir do dia 29 de julho.
A resposta da Anac no dia seguinte, recomenda a reabertura na data programada e que ''quaisquer outros serviços devem ser realizados nas madrugadas''.
Uma fonte do setor, que pediu para não ser identificada, afirma que os documentos aos quais o Vermelho teve acesso, mostram que havia uma pressão muito grande das empresas aéreas na reabertura da pista de Congonhas. Segundo este especialista ''esta não foi a causa do acidente com o avião da TAM, já que a pista tinha condições operacionais no momento do acidente, mas mostra que o interesse das grandes empresas de aviação foi mais forte que a recomendação técnica''.
''Além disso'', explica o especialista ''mostra que os primeiros a declararem o governo e a Infraero como responsáveis pela tragédia, foram aqueles que tinham acesso a estes documentos e eram responsáveis pela pressão pela reabertura da pista, custe o que custar''.
Veja abaixo os fac-similes do documento dos engenheiros e da resposta da Anac: