Judiciário aperta o cerco contra o senador Gim Argello
O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, disse nesta segunda-feira (6) que vai analisar informações relativas ao senador Gim Argello (PTB-DF), que era suplente de Joaquim Roriz e assumiu o cargo após a renúncia dele, para decidir
Publicado 06/08/2007 19:35
O Ministério Público investiga se Argello estaria envolvido em irregularidades como grilagem de terras e desvio de dinheiro público. Antonio Fernando afirmou que, após a análise, vai decidir se abre uma investigação interna contra o senador.
“Eu recebi do Ministério Público do Distrito Federal material que, segundo ele, conteria dados que poderiam justificar um procedimento administrativo. Mas eu não examinei ainda”, afirmou, após reunião do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
O procurador também pode pedir a abertura de inquérito contra Argello no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele passou a ter direito a ser investigado na mais alta corte do país ao ter assumido o cargo de senador. Mas essa possibilidade não foi comentada por Antonio Fernando.
A assessoria de Argello informou que, para o senador, as declarações do procurador não acrescentam muita coisa no momento e que, por isso, não as comentará.
Argello assumiu no mês passado a vaga deixada pelo ex-governador e senador Joquim Roriz (PMDB-DF), que renunciou ao cargo para não enfrentar um processo por quebra de decoro no Conselho de Ética. Roriz foi acusado de negociar dinheiro de origem ilícita com o ex-presidente do BRB (Banco de Brasília) Tarcísio Franklin de Moura, preso pela Polícia Civil na Operação Aquarela.
A representação contra Argello pede investigação das denúncias de que ele estaria envolvido em uma série de irregularidades, que vão desde o pagamento de propina até a grilagem de terras e desvio de dinheiro público.
Com agências