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No Roda Viva, Orlando Silva faz balanço do Pan do Rio

Durante entrevista ao programa Roda Viva, da emissora de televisão do governo paulista TV Cultura de segunda-feira (6), o Ministro dos Esportes Orlando Silva respondeu questões ligadas aos gastos e retornos obtidos com os Jogos Pan-americanos Rio 2007; a

Entrou também em discussão a Lei de Incentivo ao Esporte, a Bolsa Atleta, a participação do esporte na educação nacional e a participação do empresariado em relação aos recursos financeiros para eventos esportivos. Confira trechos da entrevista:



“O Rio hoje tem uma capacidade instalada que permite sediar qualquer evento esportivo. Foi um bom investimento feito, assim como foi muito importante o investimento na área de segurança pública. Os investimentos ficarão na cidade do Rio de Janeiro e permitirão que o Rio se qualifique como uma cidade um pouco mais segura”.



“A promoção do Brasil no exterior, a promoção particularmente do Rio como destino turístico também vai fazer com que a economia em torno do turismo seja aquecida. Então, o investimento feito foi um investimento adequado para que alcançássemos o sucesso do Pan e credenciássemos o Brasil para outras disputas”.



Em relação aos problemas ocorridos com algumas modalidades, como instalações precárias para o Beisebol e o Softbol, Orlando afirmou que “Essa foi a nota dissonante, a nota triste do Pan”.



“Um erro muito nítido diz respeito ao planejamento. Em minha opinião, a distorção vivida pelo orçamento se deu, sobretudo com planejamento pouco consistente, que não foi capaz de prever todos os itens. Mas acredito que seja uma lição para o futuro”.



Em relação aos investimentos nos jogos, cuja presença tímida fez o Estado investir somas maiores, o ministro considerou que “o fator que explica a timidez da presença privada é o conservadorismo do empresariado brasileiro em investir naquilo que não é o seu próprio negócio”.


 


“O desafio que o Brasil tem já depois do Pan é dar utilização para as insttalações definitivas que nós temos, e nossa visão é que todas elas devem se transformar em centros nacionais de treinamento. E a Lei de Incentivo ao esporte vai abrir oportunidade para atrair investimento privado, inclusive na manutenção desses espaços”.


 


Em relação ao financiamento de uma candidatura Olímpica e também ao desejo do país em sediar uma Copa do Mundo de futebol, em 2014, Orlando disse apostar em uma candidatura olímpica com a presença mais forte da sociedade. “Uma copa não se faz apenas em estádios, é preciso sistema de transporte, telecomunicações. Nós temos que fazer da Copa do Mundo uma oportunidade de se investir no Brasil. E a Copa do Mundo é uma oportunidade para nós qualificarmos muitas cidades”.



O ministro também fez considerações sobre a Lei de Incentivo ao Esporte: “As empresas vão se associar ao esporte porque no Brasil cresce a chamada responsabilidade social”.



“Um desafio que nós vamos ter, é nacionalizar essa lei, porque no caso da Cultura, por exemplo, há super concentração de projetos nos principais centros. Há de se fazer um trabalho de sensibilização no meio empresarial para além dos principais centros, que são muito carentes de apoio ao esporte” afirmou.



Em relação ao Bolsa Atleta, o programa do Ministério dos Esportes que beneficia atletas sem patrocínio, Orlando anunciou novidades: “Vamos dobrar o orçamento do Bolsa Atleta e ampliar o número que atendemos hoje”.



“Eu não acredito em qualquer hipótese para o que o Brasil se desenvolva como potência esportiva, como um país em que as pessoas tenham qualidade de vida, se nós não vincularmos o esporte a educação”, respondendo a uma questão sobre o vínculo entre esporte e educação.



“Esporte e Educação é uma associação estratégica. Cuba e EUA são dois países com sistemas políticos, econômicos, ideológicos, tudo diferente, mas são dois países que tem um potencial esportivo visto a olhos nus, por quê? A associação entre esporte e educação”.



Fonte: Agência Brasil