Sem categoria

TRE do Rio mantém casal Garotinho inelegível

O plenário do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) negou por unanimidade recurso impetrado pelos ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Matheus (PMDB-RJ) contra decisão torná-los inelegíveis por três anos e multá-los em 100 mil UFIR

A sentença também atinge o deputado federal Geraldo Pudim – que teve igualmente a cassação mantida – e o presidente da Fundação DER (Departamento de Estrada de Rodagem), Henrique Ribeiro, ambos do PMDB fluminense.



A decisão do Tribunal Regional Eleitoral, tomada no último dia 12 de julho, foi baseada em denúncia à Justiça Eleitoral de que em setembro do ano passado Anthony Garotinho teria prometido asfaltar logradouros públicos em Sapucaia, município do interior do estado, em troca de apoio e votos para Geraldo Pudim, que concorria à Câmara dos Deputados.



Ao final da sessão, o desembargador Roberto Wider disse que, assim que o resultado fosse publicado no Diário Oficial, vai comunicar a Câmara para que seja cumprida a decisão do órgão pela cassação de Pudim.



Na sessão, presidida pelo desembargador Roberto Wider, presidente do TRE, foi votado e negado também outro recurso, em que os punidos pediam que o juiz Marcio André Mendes Costa fosse considerado suspeito para fazer o julgamento, já que teria contrato com a Prefeitura de Niterói, que é do PT – partido que, segundo o recurso, é “notoriamente contrário aos ex-governadores”. A negativa, no entanto, não se deu por unanimidade.



Tanto os ex-governadores como o deputado já anteciparam que vão recorrer da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A decisão tem repercussões no quadro político fluminense e nacional, em especial nos rumos do PMDB. Embora observadores considerem que a influência do grupo liderado pelo casal está em descenso desde as eleições do ano passado, Anthony Garotinho já foi uma figura de alta visibilidade nacional em 2002, quando concorreu à Presidência da República e ficou em terceiro lugar, com 15 milhões de votos (17,9%).


 


Da redação, com agências