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Cuba, território livre da dengue

O vice-ministro da Saúde de Cuba, Gonzálo Estévez, anunciou neste sábado que a Ilha está livre de casos de dengue. Um sistema de vigilância epidemiológica aplicado na Ilha conseguiu controlar a enfermidade que se tornou um crescente problema mundial.

Os cubanos implementaram um programa nacional de combate ao vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti. O êxito da campanha permitiu que não exista hoje nenhum caso da doença.



Risco de retorno



Em declaração à Agencia de Información Nacional, Estévez explicou que a enfermidade tende a retornar a Cuba, já que o mosquito não foi suprimido nos países vizinhos. Mas agregou a intenção de eliminar os pequenos focos que venham a surgir, e cuidar dos casos que forem diagnosticados. O vice-ministro destacou as ações educativas realizadas no âmbito da comunidade, e o papel fundamental da família para intensificar a busca e eliminação dos focos de Aedes aegypti, que costumam se multiplicar durante o verão.



Cuba possui uma vasta experiência de controle da dengue e de seu transmissor, graças à vontade política do governo e à capacidade do pessoal dos serviços de saúde. Seu êxito no setor é reconhecido internacionalmente.



25 mil mortes por ano



A dengue, depois de temporariamente contida no início da década de 70, voltou a se expandir e se tornou um problema crescente de saúde pública nas zonas tropicais e subtropicais do mundo, especialmente nas Américas. Conforme os relatórios da Organização Mundial de Saúde, ela está presente hoje em 30 das 35 nações americanas.



Estima-se que 2,5 bilhões de pessoas em mais de uma centena de países correm o risco de contrair a enfermidade. Anualmente são registrados 100 milhões de casos de febre dengue no mundo, que provocam em torno de 25 mil mortes.
Mosquito veio nos navios negreiros



Aedes aegypti, ou Stegomyia aegypti são os nomes cientificos do mosquito. Proveniente de África, foi introduzido na América através dos navios negreiros no periodo período colonial. Houve casos em que os barcos ficaram com a tripulação tão reduzida que passaram a vagar pelos mares como “navios-fantasmas”.



 No Brasil o Aedes aegypti foi erradicado na década de 1950, mas voltou a penetrar nas décadas de 60 e 70, vindo dos países vizinhos. O pior surto em terras brasileiras ocorreu no verão de 2002, com centro no Rio de Janeiro: mais de 400 mil pessoas contraíram a doença na cidade e 17 (oficialmente) morreram de dengue hemorrágica. Na costa sul dos Estados Unidos a presença do inseto vem declinando, graças à competição com outra espécie do mesmo gênero, o Aedes albopictus, mas este é também um vector do dengue, bem como de vários tipos de encefalite equina.



Com informações da agência Prensa Latina: http://www.prensalatina.com.mx