Osmar diz que reforma não é decisiva e defende financiamento público

Depois de barrada no primeiro semestre, a votação da reforma política está sendo articulada para ser retomada neste segundo semestre, no Plenário da Câmara dos Deputados, mesmo com a tentativa de alguns partidos em fazer obstruções. Na pauta, dois itens d

Também deverá entrar em discussão o financiamento público de campanhas para senador, prefeito, governador e presidente da República, limitando o financiamento privado de campanhas para vereador, deputados distrital, estadual e federal. Nesse aspecto, o deputado federal Osmar Júnior (PC do B), defende o a primeira opção, como forma de garantir a lisura dos pleitos.



“Toda vez que se vê confusão no Congresso, e se investiga, lá no fundo está o financiamento. As campanhas são caras. Os parlamentares eleitos, com raras exceções, se não tiver uma grande estrutura de campanha não tem condições de serem eleitos, por isso, nós do PC do B, lutamos muito fortemente para que seja aprovado o financiamento público”, explicou o parlamentar, durante entrevista à Rede Verdes Campos Sat.



Correntes contrárias dizem que, com esse tipo de financiamento, o eleitor pagaria diretamente para que um deputado, por exemplo, fosse eleito, o que é contestado pelo comunista.



“Mas o eleitor já paga, só que da pior forma possível. Infelizmente o congresso não tratou e acho que não vai mais tratar sobre isso. Na nossa opinião, afastar a possibilidade do financiamento privado, seria uma condição fundamental para campanhas mais justas”, alegando que a fiscalização eleitoral teria um papel decisivo para evitar tentativas de burlar a Lei.



“Para quem duvida que não haveria fiscalização, cito como exemplo os Tribunais de Contas. Até a Constituinte de 88 os Tribunais eram meros órgãos homologatórios dos processos que ali chegavam. Era comum um prefeito ou governador receber um recurso e não aplicar e pronto. Ficava por isso mesmo. Como exemplo, As estradas do Piauí,na década de 80, no governo Hugo Napoleão. Chegou a se publicar relatório do próprio governo enunciando as estradas asfaltadas sem nunca terem recebido asfalto e o Tribunal de Contas aprovava naturalmente. Hoje, não. Aquele que desvia verba pública tem que fazer um esforço extraordinário para enganar as fiscalizações que são feitas, tanto a nível de Estado como da União”, afirmando ainda que a reforma política não é decisiva para o processo político brasileiro.



Fonte: Acesse Piauí