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PT pode ser aliado do Bloco de Esquerda em 2008, diz Ciro

O deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) disse nesta sexta-feira, 17, que o Bloco de Esquerda espera reproduzir nos municípios, para a eleição de 2008, a composição feita pelos partidos que o integram na Câmara e citou o PT entre os possíveis aliados. A

O bloco foi formado por PSB, PDT, PCdoB, PMN, PHS e PRB, que fazem parte da base de apoio ao governo. Ciro reconheceu que a característica da eleição municipal tende a dificultar a reprodução de alianças nacionais para todas as forças políticas. São Paulo apresenta a maior dificuldade nesta composição, na ótica do deputado. Sobre o quadro eleitoral de Porto Alegre, ele se disse impressionado pela excessiva fragmentação, citando uma pesquisa de opinião em que dez possíveis candidatos apareciam com índices de oito a 14 pontos.


 


Sobre a eleição presidencial de 2010, Ciro reiterou sua avaliação de que o “outro lado” é favorito, considerando um entendimento interno no PSDB, seu reencontro com o Democratas (ex-PFL), a divisão do PMDB, as contradições do governo e a falta de “um novo Lula”. Ele disse que há uma forma de compensar esse favoritismo, fazendo com que o governo seja bem avaliado no futuro e tendo “juízo” nas frações que formam a coalizão de poder, o que implicará em não impor nem vetar nomes para a disputa.



Lula pede união



O próprio presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tem repetido que a aproximação do PT com o Bloco de Esquerda seria importante para enfrentar as forças da oposição.



Lula é o patrocinador da aproximação e sugeriu ao presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), que fosse o articulador deste movimento. “A reaproximação está sendo feita e os diálogos ocorrem com o Berzoini. Nós temos intenção e achamos possível uma aliança com vistas a 2008”, disse o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e presidente do PDT, um dos partidos que integram o Bloco e aos quais Lula sugeriu conversar com os petistas.



Em recente reunião com dirigentes do PCdoB, o presidente fez a mesma proposta aos comunistas.


 
O PSB também foi convidado para integrar o movimento de aglutionação das forças de esquerda, mas ainda há reservas quanto ao projeto. “A reaproximação é uma tarefa do PT, mas nesse instante, isso não é prioridade para o PSB”, afirmou o líder do partido na Câmara, Márcio França (SP). Para ele, o PT quer um pacto com os históricos aliados porque percebeu que uma aliança municipal com o PMDB é inviável.


 


Da redação
com agências