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Governo e separatistas adiam negociações nas Filipinas

As negociações de paz entre o governo das Filipinas e a Frente Moro de Libertação Islâmica (FMLI) foram adiadas nesta terça-feira (21) até o mês de setembro, de acordo com a presidente do país, Gloria Macapagal.

A chefe de Estado afirmou que pretende reniciar as conversações no próximo mês na Malásia, embora não tenha revelado quais foram os motivos para adotar a decisão.



O FMLI é um dos principais grupos separatistas que operam no sul das Filipinas, nas ilhas de Mindanao e Joló, onde o governo realiza uma ofensiva contra supostos membros de Abu Sayyaf.



Em fins de 2006, Gloria fixou um prazo de 24 meses para acabar com a guerrilha no sul das Filipinas.



Os acordos de paz foram paralisados no ano passado por diferenças sobre a identificação dos domínios nos quais historicamente os muçulmanos filipinos, conhecidos como Bangsa Moro, têm se instalado.



Segundo o FMLI, delimitar os domínios é a chave do fim do conflito separatista da região.



A organização é considerada a maior das Filipinas e se desmembrou da histórica Frente Moro de Libertação Nacional.



Está integrada por cerca de 12 mil combatentes e tenta desde 1978 criar um Estado islâmico no sul do país.



De acordo com analistas políticos, a crescente pobreza é um fator determinante para que predomine a desgovernabilidade e o separatismo em Mindanao e Joló e outras regiões do sul filipino.



Em Mindanao vivem 20 mil pessoas em um enorme lixão a céu aberto conhecido pelo apelido de Montanha Fumegante.



Na parte meridional das Filipinas predomina o separatismo, e a luta de mais de uma dezena de organizações guerrilheiras que persegue a instaturação de um estado islâmico independente.



A maioria da população do arquipélago é cristã, mas o sul é predominantemente muçulmano.