Jornada da Educação: mais de 3 mil tomam as ruas de Salvador
Nem a chuva dispersou os mais de 3 mil manifestantes que saíram em passeata pelas ruas do centro de Salvador na manhã desta quarta-feira (22). Munidos de faixas e cartazes, UNE, Ubes, MST, e outros movimentos sociais, partiram da Praça do Campo Grande, pa
Publicado 22/08/2007 17:52
Além da pauta de reivindicações da Jornada, que inclui a necessidade de democratizar o acesso ao ensino superior, com a inclusão de jovens oriundos da escola pública e trabalhadores do campo e da terra, a manifestação na Bahia também levantou o debate sobre a situação da universidade pública no estado.
“Lutamos pela democratização nas escolas e universidades baianas que dê ao estudante direito de eleger reitores e diretores. Queremos também mais verbas para as universidades estaduais da Bahia. Aqui, se somadas as verbas das quatro estaduais, esse valor não atinge a metade da verba da UFBA”, explicou a diretora da UNE, Flávia Calé, que acompanha os protestos em Salvador.
O deputado estadual Javier Alfaia (PCdoB-BA) e alunos da Fundação Visconde de Cairu, que enfrentam problemas com a falta de diálogo com a reitoria da faculdade, também marcaram presença.
Reitoria da UFBA ocupada
Ao final da passeata, os jovens realizaram um ato político na reitoria da UFBA. A sacada do prédio foi ocupado em um ato simbólico. O objetivo é chamar a atenção da sociedade para o desmonte que a educação pública vem sofrendo no país e, principalmente no estado.
De acordo com Flávia não há previsão para a desocupação. “Nosso objetivo é ter uma conversa com o reitor da UFBA, Naomar de Almeida, e entregar a ele o documento com as reivindicações desta jornada”, disse.
Acampamento
O campus de Ondina, da UFBA continua ocupado. O “Acampamento dos Movimentos Sociais” reúne 150 pessoas, entre representantes do DCE da UFBA e da UCSAL, UEB (União dos Estudantes da Bahia), e militantes do MST, MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores), CUT, Movimento Negro, Hip-Hop, um grupo dos atingidos por barragens e outros.