Chanceler cubano dá por encerrado caso de pugilistas no Pan

Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, as principais figuras do boxe cubano, voltaram para  Cuba depois de abandonarem a delegação e terem se arrependido da decisão. Um jogador de handebol e um treinador de ginástica artística também desertaram da delegação de Cuba no Rio de Janeiro. Ao contrário dos pugilistas, eles não voltaram à ilha.

Pérez Roque afirmou que “o governo cubano afinal coordenou (o regresso dos pugilistas) porque eles disseram que queriam regressar a Cuba, e eles regressaram e estão com suas famílias lá”.

O ministro, que participa de uma reunião ministerial em Brasília, afirmou que os caso dos pugilistas “é um tema que já está encerrado”.

A repatriação de Rigondeaux, bicampeão olímpico dos 54 quilos, e de Lara, campeão mundial dos 69 quilos, fez com que a oposição tentasse usar o fato para atingir o governo federal.

Segundo a Polícia Federal, que inicialmente os deteve por falta de documentos, os pugilistas mudaram de opinião depois de desertar e manifestaram seu desejo de voltar a Cuba. Pérez Roque sublinhou que o caso “já é um tema irrelevante, que não forma parte da agenda bilateral” com o Brasil.

O presidente de Cuba, Fidel Castro, em recuperação de um problema de saúde há cerca de um ano, condenou as deserções e depois prometeu, em artigo publicado no jornal Granma, que os esportistas serão tratados com justiça, mas que deixariam de pertencer aos quadros esportivos do país. “Chegaram a um ponto sem retorno como parte de uma delegação cubana nesse esporte”, escreveu.

Os pugilistas abandonaram a delegação cubana atraídos por vultosos contratos oferecidos por uma máfia alemã, coordenada pelo turco Ahmet Öner, que rouba pugilistas tanto de Cuba quanto de países europeus. Dias depois, os dois cubanos se arrependeram.