Mensalão: por maioria, membros do PP viram réus no STF
Corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Estas foram as denúncias aceitas, por unanimidade, pelos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) contra os membros do PP (Partido Progressista). Estão na lista dos réus os ex-deputad
Publicado 27/08/2007 18:37
A denúncia de formação de quadrilha não foi aceita pelo ministro Ricardo Lewandowski, que acompanhou o voto do relator Joaquim Barbosa nos demais itens. Em matéria publicada no UOL, Lewandowski argumenta que “a existência de indícios na denúncia não é suficiente para a caracterização de formação de quadrilha''. Por sua vez, o ministro Marco Aurélio Mello elogiou o relatório do ministro Joaquim Barbosa ao acompanhá-lo na denúncia.
De acordo com a denúncia da Procuradoria Geral da República, os membros do PP teriam recebido, nos anos de 2003 e 2004, R$ 4,1 milhões de propina em troca de apoio ao PT (Partido dos Trabalhadores) no Congresso Nacional.
''Os repasses eram feitos na sede da presidência do PP, onde atuava o acusado Pedro Corrêa, sem qualquer registro formal, e em espécie'', afirmou o relator do inquérito ao ler a denúncia do procurador Antonio Fernando Souza.
Além deles, o Supremo também recebeu denúncia contra Enivaldo Quadrado (dono da corretora Bonus-Banval), Breno Fischerg (sócio da corretora Bonus-Banval) e Carlos Alberto Quaglia (dono da empresa Natimar, cliente da Bonus-Banval) por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. De acordo com o documento da Procuradoria, as empresas intermediaram os repasses de verbas ao esquema de corrupção.
Com estes processos, o STF já tornou réus 26 acusados. O Supremo está analisando a denúncia da procuradoria de forma fatiada.
Réus e acusações
José Janene (ex-deputado federal, PP-PR) – corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
Pedro Henry (deputado federal, PP-MT) – corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
Pedro Corrêa (ex-deputado federal, PP-PE) – corrupção corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
João Cláudio Genu (ex-assessor do PP) – corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha
Enivaldo Quadrado (empresário) – formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
Carlos Alberto Quaglia (empresário) – formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
Breno Fischberg (empresário) – formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
Marcos Valério (publicitário) – corrupção ativa, peculato (3x) e lavagem de dinheiro
João Paulo Cunha (deputado federal) – corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato
Luiz Gushiken (ex-ministro) – peculato
Paulo Rocha (deputado federal PT-PA) – lavagem de dinheiro
Anita Leocádia (assessora parlamentar) – lavagem de dinheiro
João Magno (ex-deputado federal PT-MG) – lavagem de dinheiro
Professor Luizinho (ex-deputado federal PT-SP) – lavagem de dinheiro
Anderson Adauto (ex-ministro dos Transportes) – lavagem de dinheiro
José Luiz Alves (ex-assessor de Anderson Adauto) – lavagem de dinheiro
Simone Vasconcelos (ex-diretora da SMPB) – lavagem de dinheiro
Geiza Dias (ex-auxiliar da diretoria das empresas de Valério) – lavagem de dinheiro
Rogério Tolentino (advogado) – lavagem de dinheiro
Cristiano Paz (publicitário) – corrupção ativa, peculato (3x) e lavagem de dinheiro
Ramon Hollerbach (publicitário) – corrupção ativa, peculato (3x) e lavagem de dinheiro
Kátia Rabello (ex-presidente do B. Rural) – gestão fraudulenta de instituição financeira José Roberto Salgado (ex-vice-presidente do B. Rural) – gestão fraudulenta de instituição financeira
Ayanna Tenório – (ex-vice-presidente do B. Rural) – gestão fraudulenta de instituição financeira
Vinícius Samarane (ex-diretor do B. Rural) – gestão fraudulenta de instituição financeira
Henrique Pizzolato (ex-diretor do BB) – peculato (2x), corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
De Brasília
Com agências