Chile: Protesto nacional contra desigualdade agita o país
A Central Única de Trabalhadores (CUT) do Chile fará nesta quarta-feira (29) um protesto nacional contra o capitalismo selvagem e também para exigir mais igualdade. Acusada pelo governo de criar condições para atos de violência, a CUT também denunciou que
Publicado 29/08/2007 11:28
A convocação inclui diversos tipos de manifestações nas principais cidades para “alterar a normalidade da jornada” e assim expressarem suas demandas.
À adesão do Colégio Médico e dos trabalhadores de saúde municipal, entre outras entidades, a CUT somou hoje o apoio dos motoristas de ônibus. “Estamos encorajando a mobilização geral dos motoristas, que depois do meio-dia estejam retirando as máquinas” para que não haja transporte pela tarde, declarou Willie Ramírez, vice-presidente do sindicato do setor.
O chamado ao protesto gerou uma seqüência de reuniões ministeriais, após as quais a governadora de Santiago, Adriana Delpiano, chamou a CUT de “irresponsável” e a acusou de gerar condições para desencadear atos de violência.
Com a mesma intenção de ligar o protesto a eventuais atos de violência, o sub-secretário do Interior, Felipe Harboe, afirmou que “muitas vezes observamos uma grande loquacidade nos líderes ao convocar, mas essa loquacidade desaparece na hora de responder pelos danos gerados a pequenos comerciantes”.
Estado de pânico
A vice-presidente da CUT, Maria Rozas, militante da Democracia Cristã, partido da coalizão governista, acusou o governo e os empresários de criar “um estado de pânico”.
“Nós, trabalhadores, não estamos convocando a quebrar a institucionalidade, pelo contrário, queremos fortalecê-la, mas com a participação ativa dos trabalhadores”, explicou.
Arturo Martinez, presidente da CUT, reafirmou que o chamado sindical é para uma manifestação pacífica e acusou o governo de buscar “desprestigiar nossa convocação, dizendo que vai haver violência”.
Fonte: Ansa Latina