Cuba recusa convite para disputar mundial de boxe
A Federação Cubana de Boxe (FCB) confirmou nesta quarta-feira (29) que recusou o convite para participar do Campeonato Mundial de Boxe, que será celebrado em outubro na cidade americana de Chicago.
Publicado 29/08/2007 11:47
Segundo a entidade, são várias as razões pelas quais a FCB recusou o convite para participar do evento, um dos três que oferecerá vagas para os Jogos Olímpicos de Pequim – 2008.
A nota, publicada no diário Granma, adverte que as de maior peso foram expostas pelo presidente cubano, Fidel Castro, em reflexões publicadas no início de agosto.
Na época, o presidente do país se referiu à “deserção de dois pugilistas cubanos durante os 15.º Jogos Pan-Americanos, disputados no Rio de Janeiro, Brasil”.
Naquela ocasião, o dirigente cubano “analizou pormenorizadamente às infrações dos grupos que, com fachada de negociantes, servem a um dos mais vís interesses dos EUA e alguns de seus aliados, o roubo de atletas”, diz a nota da FCB.
“Não exporemos novamente uma equipe cubana de boxe às infrações e provocações que neste caso se sucitariam em Chicago, território americano, lugar ideal para que mercadores e traficantes ajam livremente com a total cumplicidade das autoridades americanas”, agrega o documento.
Por outro lado, adverte que “não é loucura pensar em uma aliança entre mafiosos alemães e americanos, os primeiros representados pela Arena Box Promotion”, a mesma que tentou contratar os pugilistas cubanos no Rio de Janeiro.
A FCB intimou também a Associação Internacional de Boxe (AIBA) por não ter “exigido retratações ao boxe profissional em geral pelas permanentes agressões a Cuba e seu esporte”
Cuba, adverte a nota, “foi exemplo de respeito e ética enquanto participante de evento esportivo internacional, assim como de solidariedade e colaboração desinteressada para o desenvolvimento deste esporte em dezenas de países”.
A nota da FCB esclarece também que “Cuba não negocia seus princípios, que para o esporte estão centrados na prática sadia e o respeito aos ideiais mais puros do olimpismo”.
Ao mesmo tempo pede que se evitem incertezas e pessimismos e assegura que os boxeadores cubanos “terão outras oportunidades para obter a classificação para os Jogos Olímpicos de Pequim – 2008”.