Sem categoria

CUT quer mobilizar 100 mil a Brasília no final do ano

A comemoração dos 24 anos da Central Única dos Trabalhadores (CUT) reuniu em São Paulo, na noite desta terça-feira (28), cerca de 250 pessoas. Entre lideranças das categorias, dos movimentos sociais e representações internacionais, o presidente nacional d

O secretário geral da ORIT (Organização Regional Interamericana de Trabalhadores), Victor Báez parabenizou a CUT “pelos 24 anos de lutas e conquistas”, destacando o papel da Central na afirmação de “um novo internacionalismo, mais combativo e de luta”. “A CUT e o movimento sindical brasileiro têm importância fundamental para a construção do sindicalismo nas Américas”, enfatizou.


 


O diretor adjunto do Departamento Internacional da central norte-americana AFL-CIO (Federação Trabalhista Americana – Congresso de Organizações Industriais), Stanley Gacek, lembrou da trajetória solidária com a CUT, “desde o seu congresso de fundação”, e reafirmou a aliança de sucesso entre as duas entidades, “construindo um sindicalismo autônomo de governos e patrões”.


 


Logomarca


 


A secretária nacional de Comunicação, Rosane Bertotti, lançou oficialmente a Campanha da Logomarca dos 25 anos, que faz parte das comemorações das bodas de prata, composta por seminários, exposições, lançamentos de filmes e livros com a trajetória cutista. Rosane lembrou que só honra seu passado quem luta pelo presente em defesa das gerações futuras e sublinhou o papel da CUT na luta contra a emenda 3, em defesa da anulação do leilão de privatização da Vale e da democratização dos meios de comunicação.


 


O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Wagner Freitas, cuja categoria aniversariou com a CUT – 28 de agosto também é o Dia dos Bancários – resgatou a identidade de propostas e ideais do Ramo, que tem mais de 90% das suas entidades filiadas à Central, com a construção de um sindicalismo autônomo e de combate pelos direitos da classe trabalhadora.


 


O secretário geral da CUT, Quintino Severo, destacou a importância do lançamento, na oportunidade, do livro “Nasce a CUT – Embates na formação de uma central classista, independente e de luta”, do pesquisador e historiador Antonio José Marques, coordenador do Centro de Documentação e Memória Sindical (Cedoc). Para Quintino, a obra contribuirá para que as novas gerações de lutadores sociais conheçam como foi forjada a mais importante sindical brasileira.


 


O presidente nacional da CUT, Artur Henrique, abriu sua intervenção entregando um exemplar do livro ao vice-presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Ubiraci Dantas de Oliveira, uma das lideranças dos movimentos sociais presentes. “O companheiro Bira naquela época participou ativamente dos debates da construção da nossa Central”, lembrou. Ele citou a presença dos dirigentes internacionais, como o ex-dirigente cutista Rafael Freire, atualmente na ORIT, e do cineasta Renato Tapajós “com quem vamos fazer um resgate da história da luta da classe trabalhadora, que é fundamental para o Brasil e para o mundo todo”.


 


Princípios


 


O compromisso de resgatar princípios da Central foi assumido no 9º Concut, ressaltou Artur, e tem se traduzido em “organização, mobilização, negociação e conquista”. “Falo aqui da nossa satisfação por ter realizado uma série de atos e manifestações contra a Emenda 3 e em defesa de uma pauta concreta de reivindicações, que colocou mais de 20 mil em Brasília, mostrando visibilidade e capacidade de pressão e articulação junto ao Executivo, Legislativo e Judiciário. Infelizmente, a imprensa não deu uma linha sequer, enquanto abriu páginas para os poucos cansados que foram até a Praça da Sé. Nós não temos tempo de ficar cansados. Somos incansáveis contra a discriminação racial, contra o trabalho escravo e infantil”, acrescentou.



 


Para Artur, além do 15 de agosto em Brasília, as recentes vitórias cutistas como a Marcha das Margaridas, na capital federal, e a manifestação da Apeoesp em São Paulo em defesa da educação, “dão mais energia para esquentarmos os tambores e colocarmos 100 mil na marcha a Brasília no final do ano”.