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A realidade dos vários exércitos do Iraque

Quatro anos atrás a luta de resistência contra o ocupante estava apenas começando. A suposta rede terrorista al-Qaida no Iraque ainda não existia e grupos xiitas e sunitas trabalhavam juntos contra as forças de ocupação lideradas pelos Estados Uni

Este ano foram vistos guerrilheiros xiitas nas ruas de cidades iraquianas como Karbala e gurpos armados sunitas lutando para manter a al-Qaida longe de seus domínios.

A repórter da al-Jazira Hoda Abdel Hamid procurou conhecer a nova realidade desses vários exércitos. Os vídeos de sua reportagem foram postados no You Tube. O primeiro  trata dos grupos sunitas da resistência.

Parte um –  Grupos sunitas
Veja o vídeo em inglês

Os grupos sunitas armados são uma rede complicada de alianças entre nacionalistas do Iraque, islâmicos, ex-oficiais do exército e alguns militantes do Baas, o partido que foi desalojado do poder.

Nos últimos quatro anos, os grupos se tornaram melhor organizados e mais populares entre os sunitas. A população civil os vê como a legítima resistência, que os protege das tropas estrangeiras e dos esquadrões da morte xiitas.

Atualmente, a maioria dos guerrilheiros sunitas são iraquianos, o que significa que os EUA e o governo iraquiano não tem nenhuma outra escolha a não ser negociar com eles.

Algumas fontes dizem que as negociações estão em andamento, mas até que os guerrilheiros sunitas saibam qual será seu papel no futuro, permanecerão armados.

Parte dois – Milícias Xiitas
Veja o vídeo em inglês

O conflito entre os rivais xiitas no Iraque tem se dado desde 2003. O Jaish al-Mahdi, ou Exército Mahdi, é leal ao líder xiita Muqtada al Sadr. Acredita-se que possuam 60 mil homens em suas fileiras, é de longe a maior milícia no Iraque.

 

Seu rival, a organização Badr, é a parte militar do Conselho Supremo Islâmico do Iraque, antes conhecido como Conselho Supremo para a Revolução Islâmica no Iraque. Esse influente partido xiita foi formado no Irã durante a presidência de Saddam Hussein e seus líderes comemoram muito a invasão americana.

 

Parte três – As forças de segurança do Iraque
Veja o vídeo em inglês 

 

Nas áreas remotas do deserto iraquiano, soldados dos EUA treinam recrutas iraquianos para formarem a nova polícia e o novo exército do país.

 

Mas, fora do campo de treinamento, as novas forças de segurança recém formadas precisam agir num dos ambientes mais conturbados do planeta.

 

Os EUA estão atualmente aliados a algumas tribos em sua luta contra a al-Qaida. Incorporar os sunitas iria diminuir bastante as tensões sectárias.

 

Mas uma questão permanece sem resposta: Quando as forças de segurança estarão realmente prontas para tratar sozinhas os desafios no Iraque?

 

Parte quatro – O Exército americano

Eles foram recebidos como supostos libertadores, que trariam a liberdade e a democracia ao Iraque.

Mas o exército mais poderoso do mundo nao foi feito para lidar com bombas caseiras à beira das estradas, que liqüidaram milhares de seus soldados e aterrorizam outros milhares.

Os oficiais americanos atribuiam no início da ocupação que a resistênci era feita pela al-Qaida e por membros do deposto governo de Saddam Hussein.

Mas hoje, em seguida ao relatório do general David Petraeus, comandante das forças americanas no Iraque, e com a avaliação da recente escalada de tropas americanas, a presença do país no Iraque transformou-se no principal ponto da campanha presidencial, assim como a retirada ou não das tropas se transformou em uma questão discutida nacionalmente.

 

Parte cinco – A al-Qaida

 

A Administração Bush está construindo uma nova estratégia de marketing para justificar a presença no Iraque como uma "guerra contra a al-Qaida".

 

Entretanto, ela não é o maior grupo da resistência em luta hoje, nem é o que realiza mais ataques contra os ocupantes. Apenas 15% dos ataques na primeira metade de 2007 foram atribuídos à al-Qaida, de acordo com as informações do Pentágono.

 

Mesmo assim, a tal rede está por trás da maioria dos devastadores ataques suicidas e com carros-bomba que alimentam a guerra sectária no país.