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Câmara rejeita denúncias inconsistentes contra Olavo Calheiros

Momentos depois de o Conselho de Ética ter aprovado o pedido de cassação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi a vez de o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL) ter que se defender de denúncias sem provas publicadas contra ele na grande i

De acordo com a reportagem da suspeita revista “Veja”, Olavo Calheiros teria vendido à Cervejaria Schincariol, por R$ 27 milhões, a fábrica de refrigerantes Conny, de sua propriedade. Mas a empresa valeria, no máximo, R$ 10 milhões.



Em cerca de duas horas de depoimento, Olavo recebeu a solidariedade dos integrantes do Conselho contra as acusações de que seu nome estaria envolvido também em supostas irregularidades da construtora Gautama em licitações investigadas na Operação Navalha. “Tudo não passa de picuinha”, resumiu o deputado Abelardo Camarinha (PSB-SP). “Não vi nada consistente nas denúncias”, afirmou o deputado Paulo Piau (PMDB-MG).



Perseguição política



Em seu depoimento ao Conselho de Ética, Olavo Calheiros atribuiu as denúncias de irregularidades à sanha de seus adversários políticos. O deputado disse ser vítima de “injúria” e, assim como Renan, também atacou duramente a imprensa. “Primeiro a mídia denuncia, julga e condena. Depois busca aliados para a execução”, declarou.



O deputado alagoano negou haver irregularidades na venda da fábrica de refrigerantes Conny, de sua propriedade, para a Schincariol. Segundo ele, o preço se justifica porque a Conny era uma empresa em ascensão no Nordeste. “Uma fábrica completa pronta para ultrapassar os limites de Alagoas”, afirmou.  “Nunca misturei meu mandato parlamentar com meus negócios”, disse.



O deputado classificou a denúncia do PSOL como “anêmica em fatos” e de “aventureira”, por se basear apenas em notícias publicadas na imprensa. “Representações como essa só servem como mecanismo de destruição de adversários políticos”, criticou. “Sou um homem discreto e de hábitos simples. Minha atuação de cerca de 17 anos foi pautada mais pelo silêncio e pela ação. Sou da máxima 'a palavra é de prata, e o silêncio é de ouro'”, acrescentou.


 


Da redação,
com agências