''FHC errou e povo vai demonstrar no plebiscito'', diz deputada comunista
''A Vale do Rio Doce foi vendida no Governo Fernando Henrique Cardoso a preço de banana, porque ela dava lucro ao País, sim. E hoje continua sendo uma das empresas mais lucrativas do Brasil, mas esse lucro está indo para a mão de poucos (…) FHC errou
Publicado 10/09/2007 16:21
As palavras da deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) homenageia a proposta do Grito dos Excluídos de realizar plebiscito sobre a restatização da Companhia Vale do Rio Doce. Segundo o movimento, promovido por grupo de trabalhadores rurais e por movimentos sociais, puxados pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ''esse lucro está indo para o bolso de empresários, está indo para o bolso do setor privado, quando a Vale, que era patrimônio nacional, podia estar dando esse mesmo lucro para ser dividido pelo povo brasileiro, quem sabe, pelos excluídos que reclamaram neste Sete de Setembro exatamente a vez e a voz para os excluídos''.
A deputada comunista chamou atenção do povo brasileiro ''para que participem dos diversos plebiscitos que estão havendo no Brasil interior para que a Companhia Vale do Rio Doce volte para o patrimônio do povo brasileiro''.
O Grito dos Excluídos teve como tema a privatização da Vale do Rio Doce, cujo lema é ''Isso não Vale''. ''Este ano, soma-se a manifestação contra a miséria e contra a desigualdade, a denúncia pela venda fraudulenta da empresa Vale do Rio Doce'', lembrou Perpétua.
''O Grito busca sensibilizar todos para o fato de que não seremos verdadeiramente independentes, enquanto perdurar no Brasil tanta desigualdade, tanta miséria, tanta pobreza. Independência com miséria, não é verdadeiramente independência'', afirmou a parlamentar.
Para ela, ''a venda da Vale foi uma fraude histórica que não pode ficar impune. A Vale é do povo, e só a mobilização popular é que pode garantir que a Justiça reverta essa privatização ilegítima'', acrescentando que ''a Vale do Rio Doce, um das maiores empresas mineradoras do mundo, um verdadeiro patrimônio nacional, não poderia ter sido vendida, tão pouco por um valor irrisório e para grupos estrangeiros''.
De Brasília
Márcia Xavier