Marchas do MST buscam novos debates sobre Reforma Agrária no RS
Recolocar a reforma agrária em pauta e pressionar o governo pela desapropriação de duas fazendas são os objetivos das marchas do MST que se iniciam nesta quarta-feira (12/09), pelo Rio Grande do Sul. O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra também vai d
Publicado 11/09/2007 16:55 | Editado 04/03/2020 17:12
Os Sem Terra querem assinatura imediata para a desapropriação das fazendas Sotal, em São Gabriel, e Guerra, em Coqueiros do Sul. As duas fazendas podem assentar cerca de 1.100 famílias. Segundo o MST “falta apenas a assinatura do presidente Lula, já que todos as outras exigências burocráticas foram cumpridas”.
O coordenador do MST, Cedenir de Oliveira, informa que a monocultura está expulsando os agricultores do campo e dando espaço para as grandes empresas de celulose. “Estamos deixando de produzir alimentos e as grandes empresas estão produzindo pasta de celulose para exportação”, afirma.
Oliveira destaca a importância do apoio e da participação do movimento social nesta ação. Ele destaca está sendo feita uma grande articulação no Estado junto a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Federações dos Comerciários, Metalúrgicos e Bancários, movimentos pela moradia, pastorais sociais, entre outros. “Todos precisamos estar unificados porque a reforma agrária afeta todos os setores da sociedade, e cada setor tem suas necessidades próprias e podemos lutar juntos”, garante o líder do MST.
A Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do RS – Fecosul apóia a luta do MST por entender que é justa e importante para a construção de um Brasil mais democrático, com valorização do trabalho no campo e na cidade.
As três marchas passarão por todo o RS:
Concentração: nesta quarta (12/09) a partir das 11h, na Esquina Democrática, em Porto Alegre, onde chegará a marcha vinda de Eldorado do Sul, e depois segue para Caxias do Sul;
As outras marchas sairão de Bossoroca, e Campão do Leão com destino a Coqueiros do Sul.
Márcia Carvalho
Porto Alegre