Chapa de Wagner Gomes vence eleição nos metroviários de SP
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo tem novo comando. Encabeçada pelo vice-presidente da CUT e membro da coordenação nacional da Corrente Sindical Classista (CSC), Wagner Gomes, a Chapa 1 — Unidade Metroviária venceu as eleições para a diretoria da
Publicado 15/09/2007 21:27
Após quatro dias de pleito (de 10 a 14 deste mês) e mais um para a apuração (este sábado, 15), a chapa se sagrou vitoriosa com 53,38% dos votos válidos. É composta por metroviários ligados à CSC e toma posse em novembro, para três anos de mandato. Já a chapa 2, oposicionista e integrada majoritariamente por PSOL e PSTU, obteve 42,62%.
Durante a última semana, urnas percorreram todas as áreas do Metrô paulista, quando 80% dos metroviários sindicalizados compareceram para votar. O índice mantém a tradição de grande participação da categoria nos rumos do sindicato.
Em entrevista concedida ao Vermelho antes da eleição, Wagner Gomes sustentou que a maioria dos metroviários estava consciente da diferença fundamental entre as duas chapas. “A categoria sabe que é importante consagrar nas urnas uma direção combativa e responsável — que jamais levará nossa entidade pelo caminho do sectarismo, da aventura e do carreirismo.”
A Chapa 1 foi formada por uma convenção que possibilitou à categoria eleger seus integrantes por meio de votação nome a nome nas áreas. Seu programa, abrangente e combativo, define o rumo da próxima gestão apresentando questões como a defesa do metrô — ameaçado pelas políticas privatizantes do governador José Serra (PSDB).
“Sabemos que o desafio agora é muito maior. Por isso, fazemos a nossa campanha não apenas com o objetivo de ganhar a eleição, mas também com o objetivo de apresentar propostas sérias para dirigirmos as lutas da categoria”, diz Wagner Gomes.
Ele também destacou que a chapa 1 tem um projeto bem definido para elevar a organização dos metroviários. “Nosso programa prevê o reforço do papel do sindicato como base material para organizar a categoria e apresenta um claro plano de atuação para a diretoria. Entendemos que a direção não pode atuar de forma desorganizada e desarticulada.”
Segundo o presidente eleito, esse programa “propicia à futura diretoria ações planejadas, indica os rumos da gestão e reforça a organização sindical nas áreas como alicerce da nossa mobilização”. Além disso, a próxima gestão se preocupará, nas palavras de Wagner, em combater a “reforma” da Previdência e “qualquer tentativa de mexer nos direitos sagrados dos trabalhadores”.
Da Redação, com informações de Osvaldo Bertolino