Audiência pública em Fortaleza discute mudanças climáticas

Mudanças Climáticas: Desafios e Perspectivas para o Nordeste Brasileiro é o tema da audiência pública que será promovida pela Comissão Mista Especial sobre Mudanças Climáticas, na próxima sexta-feira (28), às 8h30, em Fortaleza (CE).

Assuntos como desertificação e geração eólica e solar de energia elétrica serão tratados durante a reunião, que será realizada no Plenário 13 de Maio da Assembléia Legislativa do Ceará.


 



A audiência em Fortaleza foi sugestão do Senador Inácio Arruda, titular da Comissão de Mudanças Climáticas. O objetivo é fazer com que os outros parlamentares membros do colegiado conheçam as primeiras experiências de produção de energia eólica, em andamento no estado do Ceará. “Às vezes, as pessoas falam do tema sem conhecê-lo, sem saber do que se trata, sem nunca terem visto algo nesse sentido. Alguns dizem que isso não tem grande importância já que o nosso potencial é hidrelétrico. É claro que o nosso grande potencial é hidrelétrico e, neste Parlamento, vamos trabalhar ardorosamente para garantir a produção de energia hidrelétrica, mas dispomos de outro potencial ao lado, que devemos associar ao potencial hidrelétrico, que é o da energia eólica do Nordeste brasileiro”, explicou.


 


 


Para o debate em Fortaleza, foram convidados o especialista em energia eólica e diretor da Infra-Estrutura da Agência de Desenvolvimento Econômico do Ceará, Adão Linhares; o consultor sênior do Banco Mundial e membro do IPCC, Antonio Rocha Magalhães; o presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Eduardo Sávio Passos Rodrigues Martins; o engenheiro químico e presidente da Tecnologias Bioenergéticas Ltda.; e o coordenador do Programa nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca da Secretaria de Recursos Hídrico e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente.


 


 


A Comissão Mista Especial sobre Mudanças Climáticas foi criada com o objetivo acompanhar, monitorar e fiscalizar as ações referentes às mudanças do clima no país, levando em consideração os relatórios publicados este ano pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), ligado à Organização das Nações Unidas (ONU). O painel concluiu que as elevações de temperatura verificadas nos últimos anos decorrem das atividades humanas. O chamado efeito-estufa, dizem os cientistas, deve-se ao aumento da concentração de certos gases na atmosfera, em especial do dióxido de carbono. No Brasil, as principais emissões desses gases decorrem do desmatamento e das queimadas (75%) e da queima de combustíveis fósseis (22,5%).


 


 


A comissão, que tem prazo de funcionamento até 22 de dezembro, vem realizando debates com o propósito de sugerir medidas que contribuam para a redução, no Brasil, da emissão dos gases que provocam o aquecimento global. A comissão já realizou audiências públicas em Belém, Manaus, Palmas, Campo Grande, Rio de Janeiro e São Paulo e ainda vai visitar Cuiabá e Florianópolis.


 



 
Fonte: www.inacio.com.br