Vanessa ressalta luta de Che Guevara na América Latina
Ao lembrar os 40 anos da morte do líder revolucionário Che Guevara, morto em 9 de outubro de 1967 por militares na selva boliviana, a deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) afirmou que Che continua sendo um símbolo das classes populares. “Assim como hoje,
Publicado 09/10/2007 15:40
Segundo Vanessa Grazziotin, Che Guevara, o médico argentino que se tornou um dos líderes da revolução cubana, morreu, mas sua luta continua viva. “Perdemos um homem, como perdemos tantos outros heróis de luta do povo brasileiro, do povo latino-americano e dos povos do mundo inteiro em defesa de uma nova sociedade mais solidária”.
Para a deputada, apesar da oposição de muitos, o líder revolucionário vive na memória dos povos como alguém que deu sua vida pela democracia. A deputada afirmou que a luta pela liberdade no continente americano hoje se dá de forma diferente da luta armada, mas a questão permanece. Os defensores da liberdade e da justiça, segundo a deputada, vão às ruas para lutar por seus ideais. Ela lamentou que alguns países ainda optem por ações que considera autoritárias, como o bloqueio econômico e a pressão do governo norte-americano contra Cuba.
Bloqueio visa recolonizar a Ilha
“Os Estados Unidos há mais de cinco décadas promovem um bloqueio inaceitável, não só comercial, mas também econômico-cultural, contra várias nações do mundo, e sobretudo contra Cuba”, protestou.
Como presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil/Cuba, a deputada disse que, apesar de uma resolução da Assembléia Geral das Nações Unidas ter pedido o fim do bloqueio contra Cuba, o governo norte-americano intensifica a cada dia mais essas ações, prejudicando a população do país com a finalidade de “recolonizar Cuba, após quase meio século da revolução que tirou a ilha da esfera de influência dos Estados Unidos”.
Na avaliação de Vanessa Grazziottin, o bloqueio prejudica também outros países, porque os Estados Unidos penalizam empresas do mundo inteiro que mantem relações comerciais com Cuba. “Nos últimos anos, os danos foram de aproximadamente US$ 89 milhões, disseminados sobretudo pelo Brasil, Alemanha, Austrália, Canadá, Japão, México e Suíça”, estimou.
A deputada citou como exemplo da política discriminatória norte-americana contra Cuba a questão da propriedade intelectual. Segundo ela, os Estados Unidos defendem o direito autoral, mas ao mesmo tempo não reconhecem os direitos de marcas cubanas, como a dos charutos Cohiba.
Fonte: Jornal da Câmara