Vanessa ressalta luta de Che Guevara na América Latina
Ao lembrar os 40 anos da morte do líder revolucionário Che Guevara, morto em 9 de outubro de 1967 por militares na selva boliviana, a deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) afirmou que Che, o médico argenti
Publicado 09/10/2007 16:25 | Editado 04/03/2020 16:13
Segundo Vanessa Grazziotin, Che Guevara morreu, mas sua luta continua viva. “Perdemos um homem, como perdemos tantos outros heróis de luta do povo brasileiro, do povo latino-americano e dos povos do mundo inteiro em defesa de uma nova sociedade mais solidária”.
Para a deputada, apesar da oposição de muitos, o líder revolucionário vive na memória dos povos como alguém que deu sua vida pela democracia. A deputada afirmou que a luta pela liberdade no continente americano hoje se dá de forma diferente da luta armada, mas a questão permanece. Os defensores da liberdade e da justiça, segundo a deputada, vão às ruas para lutar por seus ideais. Ela lamentou que alguns países ainda optem por ações que considera autoritárias, como o bloqueio econômico e a pressão do governo norte-americano contra Cuba.
“Os Estados Unidos há mais de cinco décadas promovem um bloqueio inaceitável, não só comercial, mas também econômico-cultural, contra várias nações do mundo, e sobretudo contra Cuba”, protestou.
Como presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil/Cuba, a deputada disse que, apesar de uma resolução da Assembléia Geral das Nações Unidas ter pedido o fim do bloqueio contra Cuba, o governo norte-americano intensifica a cada dia mais essas ações, prejudicando a população do país com a finalidade de “recolonizar Cuba, após quase meio século da revolução que tirou a ilha da esfera de influência dos Estados Unidos”.
Na avaliação de Vanessa Grazziotin, o bloqueio prejudica também outros países, porque os Estados Unidos penalizam empresas do mundo inteiro que mantém relações comerciais com Cuba. “Nos últimos anos, os danos foram de aproximadamente US$ 89 milhões, disseminados, sobretudo pelo Brasil, Alemanha, Austrália, Canadá, Japão, México e Suíça”, estimou.
A deputada citou como exemplo da política discriminatória norte-americana contra Cuba a questão da propriedade intelectual. Segundo ela, os Estados Unidos defendem o direito autoral, mas ao mesmo tempo não reconhecem os direitos de marcas cubanas, como a dos charutos Cohiba.
JORNAL DA CÂMARA