CPI da Gautama aprova convocação de Roriz

Os ex-governadores Joaquim Roriz e Maria de Lourdes Abadia, além do atual secretário de Obras, Márcio Machado e do secretário-adjunto de Agricultura, Dilson Bezerra, deverão ser os próximos a prestar esclarecimentos à CPI da Gautama na Câmara Legislativa.

As convocações não foram consenso entre os quatro parlamentares presentes à reunião desta segunda-feira – só o petebista Dr. Charles não compareceu -, mas foi aprovada pela maioria. Também ficou decidido que os integrantes da Comissão de Fiscalização das Obras da Bacia do Rio Preto também serão ouvidos.


 


Nesta segunda-feira, a CPI ouviu o ex-assessor da Secretaria de Agricultura, Herbert Gualberto de Souza. Ele é suspeito de ter favorecido a empreiteira baiana. Além de assessor, Gualberto foi presidente das comissões de licitação e fiscalização em períodos diferentes e executor do projeto. Isso significa que, além de licitar e fiscalizar as obras, ele atestou todos os pagamentos.


 


Cargos


Gualberto afirmou que é servidor federal, mas que, em 1999 foi requisitado pelo então secretário de agricultura, Aguinaldo Lélis, para trabalhar na Secretaria. O posto de assessor foi ocupado até o princípio de 2007, quando Herbert assumiu a gerência de contratos e projetos na Secretaria de Ação Social e Trabalho, comandada por Eliana Pedrosa. Em julho de 2006, a então deputada sub-escreveu uma emenda modificativa proposta pelo deputado Pedro Passos. Ela previa uma suplementação orçamentária para a construção da barragem no valor de R$ 3,9 milhões. A verba, no entanto, não foi repassada à Gautama.


 


Mesmo após afirmar que atestava todos os pagamentos feitos à Gautama, Gualberto entrou em contradição ao dizer que não autorizou um pagamento feito pelo governo em dezembro de 2006. O ex-assessor disse desconhecer a transação.


 


Topografia


O deputado petista Cabo Patrício também percebeu contradições quando o ex-assessor comentou sobre a realização dos serviços topográficos para a construção da barragem do Rio Preto. Herbert Gualberto afirmou que a Gautama realizou os trabalhos. No entanto, segundo o deputado, as obras teriam ficado a cargo de outras empresas. “O preço pago à Gautama foi superfaturado, até porque ela sub-contratou duas outras empresas para fazer a topografia num valor bem mais baixo do que ela foi contratada”, afirmou.


 


Com relação às mudanças de cargos de Gualberto, o deputado petista deixou claro que se tratava de uma estratégia do grupo formado pela comissão de fiscalização da Secretaria. “Eles tinham um grupo e só mudavam de funções. Uma hora Gualberto era presidente da comissão de licitação, outra hora da comissão de fiscalização, outra hora executor do processo”, ressaltou.



Com informações do site Correioweb