Audiência pública discute realização de cirurgias bariátricas pelo SUS

O Deputado Lula Morais solicitou a realização de uma audiência pública para discutir a realização de cirurgias bariátricas (redução de estômago) no combate à obesidade mórbida, com data marcada para hoje, 17 de outubro, às 14 horas, no Auditório Muri

O debate surgiu com a assinatura de duas portarias pelo Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, para ampliar o número de cirurgias de redução do estômago pelo Sistema Único de Saúde, além de incluir duas novas técnicas para a realização da cirurgia.


 


 


A população que sofre de obesidade mórbida terá acesso a um novo tipo de atendimento que visa suprir as necessidades do paciente na integralidade do agravo e prevê o seu acompanhamento pelo resto da vida.


 


 


Em 29 de junho deste ano, no auditório do hospital César Cals, que já realiza este tipo de cirurgia pelo SUS, aconteceu uma reunião sobre a importância da cirurgia e as etapas da recuperação com os pacientes que já fizeram e que ainda vão fazer o procedimento cirúrgico. Na ocasião o médico Luiz Moura falou sobre a reeducação alimentar como ponto fundamental para o sucesso da cirurgia. Muitos pacientes fizeram o relato de como suas vidas mudaram para melhor após a operação de redução do estômago.


 


 


Nildete Gomes da Silva que se operou há dois anos, com 179Kg , ressalta a melhora na qualidade de vida. “Hoje estou com 91Kg e quero me manter assim para não ter que fazer a cirurgia plástica, minha vida mudou completamente e consigo comer de tudo. Para Carmélia Mesquita, que fez a cirurgia com 100kg e hoje pesa 60kg, o acompanhamento psicológico é fundamental. “ fiz a redução do estômago há três anos e já passei pela reparação plástica, agora posso dizer que sou uma pessoa magra e que sei me alimentar de maneira correta. Ao final da reunião, o professor Rubem, que é filiado ao PCdoB e passou pelo processo cirúrgico a pouco mais de 2 meses, convidou os participantes organizar uma associação dos obesos do Ceará como forma de ajudar àqueles que ainda não conseguiram ter um acompanhamento adequado.  


 


 


As portarias do ministério de números 1569 e 1570 ampliam os procedimentos cirúrgicos incorporando a Resolução do Conselho Federal de Medicina nº 1766, do ano passado, ao definir em 18 anos a idade mínima para autorizar a realização da cirurgia, e em pacientes de 16 anos e idosos somente em casos extremos. Os pacientes, para ter acesso ao procedimento, devem se enquadrar em alguns critérios, será dada prioridades àqueles que tiverem risco de morte.


 


 


A partir de agora as secretarias estaduais de saúde serão responsáveis pela triagem e pelo encaminhamento do paciente à cirurgia. Para entrar na fila, o paciente deve se dirigir a qualquer posto de saúde e o médico, após uma avaliação clínica, encaminha-o para a secretaria estadual, então seguirá à unidade de saúde e o avaliará e o incluirá num programa nutricional, com acompanhamento psiquiátrico, onde a finalidade é não operar.  Caso não haja sucesso no acompanhamento, a cirurgia será realizada.


 


 


O objetivo do Governo Federal é oferecer 6 mil cirurgias. Em 2006 foram realizadas 2,5 mil pelo SUS. O acompanhamento nutricional evitará que pacientes, sem indicação cirúrgica, passe pelo procedimento e dará preferência àqueles que se enquadram nos critérios de maior gravidade.


 


 


Fonte:www.lulamorais.com.br