Conlutas e Intersindical mobilizam 10 mil contra reformas
Cerca de 10 mil pessoas, integrantes da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) – rede dos movimentos sociais ligados ao PSTU – e da Intersindical – movimentos ligados ao PSOL – protestaram nesta quarta (24) na Marcha em Defesa dos Direitos, em Brasíl
Publicado 25/10/2007 19:31
Segundo o coordenador da Conlutas, José Maria de Almeida, a proposta de reforma da Previdência em debate é inviável e prejudica grande parcela dos trabalhadores.
“Ao invés deles trabalharem 35 anos para se aposentar, como diz a lei atual, teriam que trabalhar 52 anos para poder se aposentar. É uma proposta inaceitável, porque sacrifica ainda mais os trabalhadores para que o governo possa economizar dinheiro para dar para banqueiros pagarem a dívida”, desabafou.
O coordenador da Conlutas afirmou que a manifestação também é um aviso ao ministro da Previdência, Luiz Marinho, e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele prometeu novas manifestações se a proposta de reforma da Previdência permanecer como está.
Os manifestantes também fizeram atos em frente ao Ministério da Educação contra a reforma universitária, no Congresso Nacional, pelo “Fora Renan”, e no Ministério das Cidades, exigindo moradia popular.
Segundo as lideranças, toda a manifestação foi paga com contribuições dos militantes.
Fora Renan
“Nesta quarta, o PSTU, o PSOL e o PCB defendem fora todos os corruptos e a punição para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)”, disse a senadora Heloisa Helena (PSOL-AL) ao Vermelho.
Os militantes da oposição ao governo Lula do DEM, PSDB e PPS, que também defendem o Fora Renan, não compareceram a Marcha, mas certamente se sentiram representados nas falas do protesto desta quarta.
No dia 26 de setembro uma comitiva das juventudes dos três partidos protestou no Salão Nobre do Senado contra o presidente agora licenciado. Vestindo camisetas onde se lia “Fora Renan”, os jovens entregaram uma carta aos senadores pela punição do presidente da Casa.
“Exigimos que as demais investigações abertas pelo Conselho de Ética do Senado, tanto sobre Renan Calheiros como qualquer outro membro da instituição, tenham um desfecho sério, em respeito à população, e que as decisões encaminhadas ao plenário sejam verdadeiramente democráticas”, afirma um trecho da carta dos jovens opositores.
O protesto desta quarta também reivindicou a anulação da privatização da vale, a redução das tarifas de energia, contra o pagamento de dívidas, em defesa da moradia, da reforma agrária, contra transposição do rio São Francisco, por aumento real de salário e por emprego.