Apesar de 23 assassinatos, Filipinas considera eleição “pacífica”
Apesar das 23 mortes desde o início da campanha para as eleições municipais e um sem-número de incidentes violentos, o governo das Filipinas considerou nesta terça-feira (30) que as eleições locais foram “pacíficas de forma geral”.
Publicado 30/10/2007 11:37
As urnas estiveram abertas para 51 milhões de pessoas que podiam escolher entre 1,3 milhão de candidatos a 335.960 postos em administrações municipais e conselhos juvenis, em quase 42 mil “barangays” (municípios) do arquipélagodo sudeste asiático.
Para as autoridades do governo central, as 23 mortes desde o início da campanha até a data da votação é uma cifra baixa, comparada com o saldo fatal registrado nas eleições nacionais de maio último e as eleições locais de 2002.
“Exceto por incidentes isolados de violência e assassinatos, a eleição de segunda-feira passada foi, de forma geral, pacífica, se comparada com a de 2002 e a de maio passado”, estimou o presidente adjunto da Comissão Eleitoral (Comelec), Resurrección Borra.
A Polícia Nacional Filipina (PNF) relatou um total de 42 incidentes violentos desde 29 de setembro passado, quando as forças policiais foram colocadas em alerta para as eleições municipais.
Comparadas com as de 2002, foram menos violentas, levando em consideração que há cinco anos foram registrados, segundo a PNF, 159 incidentes e 75 assassinatos.
Nas eleições nacionais de maio último, morreram 121 filipinos em 229 casos de violência.
“Ao ritmo que vamos, poderemos ver um resultado pacífico, ordenado e honesto destas eleições”, opinou o chefe da PNF, Avelino Razon, citado pelo diário The Manila Times.
A própria polícia relatou, entretanto, que 300 pessoas foram detidas por porte ilegal de armas, enquanto políticos e organizações civis denunciaram extensas infrações à lei eleitoral, como compra e venda de votos nos colégios eleitorais, ameaças e intimidações.