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Professores querem que PDE valorize categoria e a educação

Representantes do Ministério da Educação (MEC) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) debatem nesta terça (6) e quarta (7), as ações propostas pelo Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Segundo a presidente da CNTE, Jussara

Em entrevista ao programa Revista Brasil da Rádio Nacional AM, ela disse que os professores vão sugerir propostas de aperfeiçoamento do plano ao MEC.


 


“Achamos que o plano pode dar mais potência à educação no Brasil. Pode-se constituir realmente num instrumento, desde que os recursos estejam disponíveis e nós possamos também ter, dentro do plano, a perspectiva da valorização profissional dos educadores brasileiros. E que nós tenhamos as metas claras, no sentido da inclusão e ampliação da oferta, especialmente,  na educação infantil, média, de jovens e adultos”.


 


Jussara afirmou que o objetivo do debate é pensar num plano estratégico de educação que permaneça, mesmo com a mudanças dos governos federal, estaduais e municipais.


 


“Que ele possa ser uma referência para as ações de todos os entes federados nos próximos anos”, completou.


 


O  secretário executivo-adjunto do MEC, Francisco das Chagas,  disse, em entrevista ao programa, que o debate sobre o PDE será feito com  a sociedade, com as entidades e com os entes governamentais.


 


“Esse seminário, por exemplo, é o terceiro de uma série. Nós fizemos um debate sobre o PDE com os tribunais de Contas de todos os estados. Fizemos um com o Ministério Público e agora estamos fazendo com os trabalhadores de educação vinculados a CNTE. Pretendemos fazer outras discussões”.


 


Chagas ainda disse que o MEC promoverá discussões sobre educação em todos os estados.


 


“O PDE já está implementando várias ações e não há um prazo para o debate, porque nós estamos começando agora o processo de conferências estaduais de educação. Serão 27 e no próximo ano a conferência nacional de educação básica”, concluíu.
 


Durante o encontro os professores também vão discutir o piso salarial da categoria. Ao final do evento, os profissionais da educação entregarão ao MEC  os pontos do PDE que eles acreditam que devem ser aperfeiçoados.


 


Só piso salarial não é suficiente


 


De acordo com o MEC, mais de 50% dos professores da educação básica trabalham 40 horas semanais para ganhar menos de R$ 800 por mês. Em outubro, a Comissão de Educação e Cultura da Câmara aprovou um projeto de lei que aumentava o salário dos professores com formação em nível médio para R$ 950. Segundo, a CNTE, “apesar de não ser o crescimento ideal”, com a proposta ficaria mais fácil chegar ao piso de R$ 1.050.


 


Em entrevista à Agência Brasil, o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, além do piso, é preciso aprovar diretrizes de carreira e criar um sistema público de formação do magistério. “O piso não é suficiente, é uma parte do que nós precisamos fazer para valorizar o magistério.”


 


Os profissionais da educação reivindicam também um plano de carreira, que está em tramitação no Congresso Nacional. Segundo Haddad, o projeto de lei ainda não evoluiu poque o Congresso deu prioridade ao debate sobre o piso.


 


Haddad acredita que a valorização dos profissionais da educação ajuda a melhorar a qualidade na educação básica brasileira, além dos demais programas que compõem o PDE, como alfabetização de jovens e adultos e educação profissional.


 


Para Haddad, o PDE se resume em uma frase, “transformar a educação em um valor central”.