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Bangladesh pede ajuda para desabrigados por ciclone

O governo de Bangladesh pediu ajuda nesta segunda-feira (19) à comunidade internacional para os centenas de milhares de vítimas do ciclone Sidr, enquanto as cifras oficiais continuam aumentando, atingindo o número de 2.407 pessoas mortas na tragédia.

O pedido foi feito em um comunicado do conselheiro de Relações Externas do governo interino de Banglades, Iftekhar Ahmed Chowdhury, que acredita que “nossos amigos virão para nos ajudar neste momento de necessidade”.



“Fizemos tudo o que foi possível, mas a magnitude da tragédia foi enorme”, lamentou Chowdhury.



O Sidr atingiu na última sexta-feira a costa sul do país, com ventos acima de 233 quilômetros por hora, causando ondas de mais de cinco metros de altura e afetando mais de sete milhões de pessoas, de acordo com informações do Crescente Vermelho.



A organização humanitária bengali informou à mídia que pelo menos 900 mil famílias necessitam de ajuda, quase sete milhões de pessoas.



Áreas devastadas nas regiões do sul estão isoladas do mundo e os sobreviventes correm o perigo de morrer de fome e sede se não receberem ajuda.



Diversos governos e instituições se comprometeram a enviar mais de 30 milhões de dólares em ajuda de emergência às vítimas do fenômeno climático.



A China doou US$ 1 milhão para atividades de resgate e reabilitação de áreas afetadas. Outros 50 mil dólares foram doadas pela Cruz Vermelha à organização Crescente Vermelho para trabalhos de assistência, entregues pela embaixada de Pequim em Dacca.



De acordo com a agência de notícias bengali BSS, a ajuda começou a chegar a muitas áreas onde dezenas de milhares de pessoas ficaram sem lar nem acesso a água potável, com o risco de que comecenm a surgir epidemias.



A Marinha enviou barcos carregados com toneladas de alimentos e medicamentos, a Força Aérea mobilizou seus helicópteros e as tropas terrestres tentavam chegar às localidades ilhadas.



Bangladesh é um dos países do mundo mais expostos às alterações climáticas, já que 60 de seus 140 milhões de habitantes vivem em regiões que estão a menos de 10 metros acima do nível do mar.



O país foi devastado por um furacão em 1970 que causou meio milhão de mortos. Um maremoto, em 1991, matou 138 mil pessoas.