Representante venezuelano critica politização das relações comerciais

O presidente da Câmara Venezuelana-Brasileira de Comércio e Indústria, José Francisco Marcondes, comemora o resultado das exportações do Brasil para a Venezuela no mês de outubro que atingiram quase US$550 milhões. O valor, recorde mensal na balança comercial bilateral, para que se tenha uma idéia, é quase o equivalente ao total exportado no ano de 2003, pouco mais de US$600 milhões, projetando um crescimento superior a 650% no período 2003/2007.

A Venezuela, que era o 26º destino das exportações brasileiras em 2003, já é o 6º destino, inferior apenas às vendas aos Estados Unidos, Argentina, China, Países Baixos (Holanda) e Alemanha.

E, ainda mais importante que isto, o comércio do Brasil com a Venezuela gerou, neste mesmo período de 2007, um extraordinário superávit de US$ 3,524 bilhões, o 4º maior superávit comercial do Brasil, equivalente a 10,25% do total do superávit da balança comercial brasileira, sendo suplantado apenas pelas relações com Países Baixos (Holanda),  Estados Unidos e Argentina.

Marcondes manifestou uma grande preocupação da comunidade empresarial com a politização do tema do ingresso da Venezuela ao Mercosul, lembrando que o tema é eminentemente econômico e que todas as preferências tarifárias, que já estão negociadas há anos entre ambos os países (Acordos de Complementação Econômica 27 e 39) e que permitem a viabilização destes bons negócios, hoje consolidadas no Acordo de Complementação Econômica No. 59, estão incluídas no Protocolo de Adesão ao Mercosul e deixariam de existir, com uma eventual rejeição.

“A politização está de fato colocando em grande risco um importante mercado para o Brasil, que ainda tem, além de tudo, grande potencial de expansão”, comentou.

Fonte: Assessora de Comunicação