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Médicos fazem movimento nacional em defesa do SUS

Nesta quarta-feira (21), médicos de todo o Brasil se mobilizaram em seus locais de trabalho – clínicas, hospitais e serviços de saúde – e organizaram caravana para as Assembléias Legislativas, Câmaras Municipais, secretarias da saúde e sedes dos execut

Com a aprovação da regulamentação da Emenda 29 na Câmara dos Deputados, que define os valores mínimos que devem ser empregados na área da saúde, os médicos discutem como aproveitar o momento político para alertar a população sobre a crise na saúde.



“É hora de demonstrar a insatisfação dos médicos com a baixa remuneração e com as condições precárias de trabalho, que prejudicam o atendimento à população”, destaca o coordenador da Comissão de mobilização, Geraldo Guedes.



Nos Estados, a mobilização, cujo tema é “medicina brasileira exige respeito”, consta de uma série de atividades organizadas pelas entidades médicas locais. Vão desde paralisações até debates sobre a precariedade do sistema de saúde e a remuneração dos médicos.



Segundo avaliação da AMB e das duas outras entidades que encabeçam o movimento  Conselho Federal de Medicina (CFM) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam), “a saúde no Brasil vive uma situação preocupante. O serviço público se encontra na UTI. A remuneração do SUS é vergonhosa”.


 


Por dez reais


 


Mesmo depois do aumento, anunciado em outubro pelo Ministério da Saúde, os médicos são obrigados a acumular empregos, o que se reflete na qualidade do serviço. O SUS paga ao médico R$10 por consulta. Incentiva o parto normal, mas remunera com apenas R$236 para aquele que fica disponível por horas para tal atendimento.



Segundo ainda as entidades médicas, a tabela do SUS paga baixos valores por vários procedimentos, como cirurgia de amígdalas (R$115), cirurgia de fimose (R$42), cirurgia de apendicite (R$211) e atendimento ao recém nascido na sala de parto pelo pediatra (R$27,60).



As reivindicações da categoria médica é de tornar o serviço público eficiente na área da saúde; melhor atendimento à população; reajuste de 100% do montante destinado aos honorários médicos do SUS; remuneração piso de R$ 6.963,52 para 20 horas de trabalho e carreira de Estado e implantação de plano de cargos e salários para os médicos no SUS.



De Brasília
Com informações da AMB