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Líbano: sem presidente, país vive acordo informal de segurança

O Líbano está desde sábado (24) sem presidente, depois que Emile Lahud, o único chefe de Estado cristão no Oriente Médio, concluiu seu mandato a meia-noite de sexta-feira, sem que o Parlamento conseguisse nomear seu sucessor, que deve ser um cristão maron

As prerrogativas presidenciais foram assumidas pelo governo do primeiro-ministro sunita Fuad Siniora, que a oposição considera “inconstitucional” para o sistema religioso vigente no Líbano, visto que há um ano os ministros xiitas renunciaram.



No sistema religioso do Líbano, o presidente deve ser cristão maronita e o conselho de ministros deve ser dirigido por um muçulmano sunita, neste caso Siniora, que assumiu as prerrogativas presidenciais, suscitando temor entre os cristão libaneses sobre seu futuro.



O presidente do Parlamento, Nabih Berri, convocou uma nova sessão da Assembléia Legislativa para 30 de novembro, a fim de eleger um novo presidente aceito tanto pela oposição liderada pelos xiitas do movimento Hezbolá, com apoio de Síria e Irã, quanto pela maioria anti-síria, apoiada por Estados Unidos, Europa e os países árabes moderados.



Antes de deixar o palácio presidencial, Lahud encarregou o exército de assumir a responsabilidade da nação. A decisão foi rapidamente rejeitada pelo governo, fato que reflete os temores pela estabilidade política e a segurança em um país que sofreu uma sangrenta guerra civil entre 1975 e 1990.