Para Dilma Roussef, oposição à CPMF é oportunista
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse nesta sexta-feira (30) que os segmentos que são contra a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) têm uma atitude “oportunista” porque querem acabar com um “imposto” de difícil s
Publicado 30/11/2007 21:13
“Todos aqueles que votarem contra a CPMF têm uma atitude que não se compadece com o desenvolvimento do país. Hoje é uma temeridade tentarem tirar a CPMF do governo federal porque vai comprometer inclusive o repasse para os Estados”, declarou a ministra, após participar de evento em comemoração ao aniversário de um ano de funcionamento do Parque Eólico de Osório, no Rio Grande do Sul.
A ministra repetiu o discurso do governo de que a não-prorrogação do imposto significará corte de verbas para a área social e disse que isso trará prejuízos também para os municípios e para toda a população.
“Tem uma posição bastante oportunista em alguns segmentos de querer acabar justamente com aquele imposto cuja sonegação é a mais difícil. Queria sinalizar que aquelas pessoas que acham que podem apostar no quanto pior melhor elas não podem ser consideradas como exemplo da população brasileira”, afirmou.
Lula: imposto justo
Ainda nesta sexta-feira, O presidente Lula voltou a defender, durante assinatura de contratos da Transpetro com o Estaleiro Mauá, em Niterói (RJ), a aprovação da prorrogação da CPMF até 2011.
Em um discurso inflamado, Lula afirmou que os que são contra o tributo “são as pessoas que não querem o sucesso do país”. “Eles são contra a CPMF porque é um imposto justo, para combater sonegadores”, disse.
Lula destacou que, no caso de não aprovação do tributo no Senado, “quem sairá prejudicado é o povo”. O presidente também voltou a negar que esteja em seus planos um terceiro mandato em 2010.
“Não sou mais candidato. Mas, toda vez que o país está indo bem aparece alguns para prejudicar. O Brasil está vivendo um momento extraordinário, com crescimento da economia sem aumento da inflação. A casa está arrumada, os trabalhadores voltaram para a fábrica. Os empresários voltaram a acreditar e a investir no país. É preciso acabar com essa inveja, soberba e mesquinhez de poucos. Temos a oportunidade de transformar o Brasil, no século 21, numa grande potência econômica”, disse.
O governador do Rio, Sérgio Cabral, e o prefeito de Niterói, Godofredo Pinto, também defenderam a aprovação da CPMF em seus discursos. “Esta é uma questão que está acima do Lula, do Mané, do Joaquim. O governo não pode se dar ao luxo de abrir mão de uma receita de R$ 35 bilhões anuais”, disse Cabral.
Da redação,
com agências