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Primeiro ministro francês elogia papel mediador de Chávez

“A gestão do presidente venezuelano(como mediador de um acordo humanitário entre o governo e a guerrilha na Colômbia)  teve um efeito extraordinário no mundo inteiro e a libertação dos reféns se tornou uma grande causa nacional dos países da América

Fillon se mostrou otimista diante do anúncio das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) de que pretendem libertar três reféns em seu poder.  “É mais que uma leve esperança. Há quase seis anos não se sabia de nada, nem mesmo se Ingrid Betancourt estava viva – disse o primeiro-ministro, que atribuiu o avanço à mediação do presidente venezuelano, Hugo Chávez.



A guerrilha colombiana anunciou na terça-feira que libertaria a refém Clara Rojas – companheira de Ingrid na eleição presidencial de 2002, seqüestrada junto com ela no mesmo ano – e o seu filho, nascido em cativeiro, além da ex-parlamentar Consuelo González de Perdomo.



Para Fillon, embora seja necesário ter prudência, a sensação é de estar avançando, após a mediação de Chávez, que permitiu obter as provas de vida de vários reféns, entre eles Ingrid Betancourt. No entanto, o esforço de mediação, feito por Chávez e pela senadora colombiana Piedad Córdoba, foram bruscamente interrompidas em 21 de novembro pelo presidente da Colombia, Alvaro Uribe, a pretexto de que Chávez tivera uma conversação telefônica indevida com um comandante do exército colombiano.



Fillon disse que respeita a decisão de Uribe de encerrar a mediação de Chávez. Mas agregou que para a França são bem-vindos todos aqueles que queiram participar da resolução do conflito. “Há uma urgência humanitária. Betancourt pode morrer e quem for responsável pela sua morte, deverá assumir seus atos”, disse o primeiro ministro, insistindo que Uribe “deve permitir a libertação” da prisioneira.



O governante francês afirmou que seu país está disposto a acolher os guerrilheiros das Farc que o governo Uribe vier a libertar, se o grupo armado libertar alguns de seus reféns. Paris insiste na defesa de um acordo humanitário que liberte os cerca de 500 guerrilheiro presos pelo governo, em troca de 45 pessoas capturadas pela guerrilha.
A França “está disponível, assim como outros países europeus e latino-americanos, para acolher os guerrilheiros que seriam libertados pelo governo colombiano”, declarou Fillon numa entrevista à emissora Europe 1. Além de Ingrid Betancourt, o grupo de capturados pelas Farc inclui três cidadãos estadunidenses, suspeitos de ligação com a CIA.



Da redação, com agências