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Petrobras se torna a 6ª maior petroleira do mundo

A Petrobras subiu de 11º para sexto lugar no ranking PFC Energy 50, das maiores empresas de petróleo do mundo, segundo reportagem publicada nesta quarta-feira (23) pelo jornal britânico Financial Times.

“O ranking anual PFC, que deve ser publicado nesta quarta-feira, reforça a percepção de que as companhias internacionais de petróleo estão perdendo acesso aos recursos globais e seus futuros não são tão definidos como o das concorrentes estatais”, afirma o FT.



A empresa com melhores resultados no ano passado foi a Petro-China, cujo valor aumentou em 181%, ultrapassando a ExxonMobil e se tornando a maior empresa de energia segundo os mercados.



“A capitalização da Petro-China no mercado, com base nas ações da Bolsa de Xangai, foi de US$ 723,2 bilhões contra US$ 511 bi da Exxon, cujo preço das ações subiu 22% no ano passado.”



O jornal afirma, no entanto, que se for levado em conta o valor das ações da Petro-China no mercado global, a Exxon permanece em primeiro lugar do ranking.



“A Petrobras, a empresa brasileira com duas grandes descobertas em seu nome nos últimos meses, subiu de 11ª para sexta, com alta de 93% no preço de suas ações, substituindo a Total, que caiu para o oitavo lugar, com apenas 4% de aumento no preço de suas ações.”



A Chevron caiu de sétimo para décimo lugar, com alta de 27% no preço de suas ações. A ConocoPhillips não figura mais entre as dez primeiras, tendo caído do nono lugar, no último ranking, para 12º. A ENI caiu de oitavo para 11º.



Segundo a reportagem do FT, Robin West – o presidente da PFC Energy, a consultoria que publica o ranking – disse que “apesar de seus enormes lucros, os mercados de capitais estão dizendo que as companhias internacionais de petróleo têm que oferecer uma nova visão de crescimento”.



“As perspectivas para as companhias internacionais de petróleo caíram desde os anos 70, quando elas controlavam 85% das reservas mundiais. Hoje, as companhias nacionais controlam 80% dessas reservas”, afirma o jornal.



Auto-suficiência



A descoberta do poço de Júpiter, anunciada nesta terça-feira pela Petrobras, pode ser decisiva para o Brasil conseguir a auto-suficiência na produção de gás natural. O diretor de Exploração e Produção da companhia, Guilherme Estrella, evitou dar estimativas de possíveis reservas na região, mas frisou que o campo da Bacia de Santos foi o primeiro situado na camada do pré-sal em que o poço descobridor localizou apenas gás natural e condensado, sem ocorrência de óleo associado.



“A região pode contribuir para a auto-suficiência do país no gás, mas dizer que sozinho Júpiter vai garantir esta auto-suficiência é um exagero, pois hoje temos um consumo muito alto no Sudeste”, afirmou Estrella.



O diretor lembrou ainda que o novo achado da Petrobras – que detém 80% da região, enquanto a portuguesa Galp possui os 20% restantes – deve contribuir também para facilitar a posição brasileira nas negociações futuras com países fornecedores de gás natural.



“Você pode entrar numa loja para comprar uma geladeira e sair sem a geladeira. Mas você está frito se não puder sair da loja sem a geladeira”, brincou Estrella, ao comentar sobre o benefício que um grande poço de gás natural na Bacia de Santos pode trazer para os negociadores brasileiros ao tratar a questão do preço do insumo com o governo boliviano.



Mas a produção de gás a partir de Júpiter não deve acontecer no curto prazo. Estrella lembra que ainda há um longo caminho até que o poço possa produzir, o que, segundo ele, só deve acontecer entre cinco ou seis anos.



Da redação, com agências