Ciclo História do Vídeo no Cineclube da Vila

O artista e pesquisador de linguagens visuais, Enrico Rocha, é o convidado desta semana do Cineclube, que exibe curtas internacionais.

O Cineclube da Vila exibe amanhã, quarta-feira (9), os curtas “Hands Tied”, de Richard Serra, “Pryings” de Vito Acconci e “Pinchneck” e “Walking in an Exaggerated Manner around the Perimeter of a Square”, ambos de Bruce Nauman. Após, debate com o artista e pesquisador das Linguagens Visuais, Enrico Rocha. A mostra faz parte do ciclo História do Vídeo, que teve início em março.



O Cineclube da Vila é um programa do Curso de Extensão em Audiovisual da Escola de Audiovisual da Vila das Artes – equipamento da Prefeitura Municipal de Fortaleza, através da FUNCET – em parceria com a UFC. Acontece toda quarta-feira ás 18h30 min, na sala de cinema Benjamin Abraão da Casa Amarela, avenida da Universidade 2591, no Benfica. A entrada é gratuita e aberta a interessados.



Enrico é mestrando em Linguagens Visuais pela Escola de Belas Artes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Cursou Comunicação Social na Universidade Federal do Ceará. Participou do Salão de Arte Pará e da exposição Entre-Lugares, no Alpendre Casa de Arte, Pesquisa e Produção, e da mostra Experimental no Museu de Arte Contemporânea, ambos em Fortaleza. Também teve seus trabalhos selecionados pelo projeto Rumos Itaú Cultural.


 



Programação: 



” Hands Tied” Richard Serra (1971 | 5m e 33 seg)



Richard Serra emergiu no circuito artístico nova-iorquino seguindo influências de minimalistas como Donald Judd, Robert Morris e Frank Stella. Na década de 60 iniciou experiências com combinações invulgares de materiais e técnicas. Suas obras de arte, a maioria grandes estruturas de aço, contribuíram para alterar a percepção que o espectador tem sobre o espaço. Sua incursão pelo vídeo arte tem relevância entre video-makers e arquitetos, que ressaltam sua importância como um dos mais instigantes críticos de arquitetura da atualidade.


 
“Pinchbeck” Bruce Nauman (1968 | 1m e 54 seg.) e “Walking in an Exaggerated Manner around the Perimeter of a Square” Bruce Nauman (1967/68 | 10m e 30 seg.)
Ambos dirigidos por Bruce Nauman, um instalador por excelência e referência inquestionável da arte contemporânea internacional. Assina uma obra seminal, fotografa, filma e desenha sempre despontando o indivíduo contemporâneo. Seu trabalho constantemente provoca perguntas sobre a natureza da arte, sua dimensão enquanto linguagem e o caráter cognitivo da experiência artística. No Brasil, sua produção traz paralelos interessantes com artistas como Hélio Oiticica, Tunga, Nuno Ramos e Adriana Varejão.



“Pryings” Vito Acconci (1971 | 17m e 28 seg.)
O filme é um clássico da videoarte, associado diretamente ao uso do dispositivo no registro das performances. Dirigido por Vito Acconci, que ficou famoso na década de 60  por suas apresentações, as quais explorava os limites físicos do artista. Na década de 70 partiu para montagem de peças esculturais com a participação dos espectadores. Desta forma seus trabalhos artísticos faziam incursões dentro da psicologia e da sociologia.


 


“Filz TV” Joseph Beuys  (1970, 10min.) 
O filme, que retrata hábitos e maneiras pouco usuais de um homem ao assistir televisão é do diretor -Joseph Beuys, um dos artistas modernos mais controvertidos dos anos 70 e início de 80. Conhecido como performático, místico, guia, xamã, criou obras realizadas sob vaias, assobios do público e incompreensão da crítica.


 



 
 
Fonte: Vila das Artes