Kassab (DEM) e Quércia (PMDB) selam aliança em São Paulo

Como contrapartida, segundo se comentou na imprensa, Orestes Quércia deverá ter o apoio do DEM à sua candidatura ao Senado em 2010. Guilherme Afif, candidato natural do DEM ao Senado em 2010, garantiu a Quércia que não disputará a eleição e que o partido apoiará o ex-governador.

Super-tempo de TV

''É muito bem vinda a aliança com o PMDB. Eu registro a satisfação que temos de incorporar nessa aliança o PMDB'', disse Kassab, deixando claro que embora tenha o PMDB ao seu lado ainda mantém interesse na aliança com o PSDB. ''A nossa aliança com o PSDB se dará muito possivelmente no primeiro turno e se não for possível no segundo turno'', disse o prefeito. A aliança entre DEM e PMDB deve ser proclamada depois de Quércia com a executiva do partido. 

A goligação com o PMDB dará à candidatura Kassab cerca de 7min30s no horário rlritoral gratuito de TV, contra 4 minutos do PT de Marta Suplicy e 3 minutos do PSDB de Geraldo Alckmin. Como possuidor da maior bancada na Câmara dos Deputados, o MDDB é a legenda que mais agrega tempo ao horário eleitoral.

O PMDB ocupou posições hegemônicas no cenário paulista entre 1982 e 1994, mas desde então tem tido uma trajetória declinante, enquanto a política estadual passou a viver a polarização PSDB-PT.

Alda Marco Antônio pode ser vice

Embora espere a definição da aliança com o PSDB antes de confirmar sua candidatura ou não à reeleição, Kassab admitiu que Alda Marco Antônio, candidata a senadora pelo PMDB derrotada em 2006, figure como vice na chapa que tentará a reeleição. 

''Eu teria muita satifsação de ter a Alda Marco Antônio como vice se for candidato. Todos sabem que essa (ser candidato ou não) é uma questão que ainda está sendo discutida. Portanto prefiro não falar em tese. Eu sempre brinco com vocês que não conheço noivo que não vai casar e eu acredito na aliança com o PSDB'', disse Kassab.

Na terça (22), ao saber que Quércia declarara a possibilidade de aliança com o DEM para a disputa pela Prefeitura de São Paulo, Kassab reagiu com satisfação. ''Eu fico muito contente e vou pedir aos nossos dirigentes de partido que estão cuidando dessa manutenção da aliança que o mais rápido possível procurem o ex-governador. Eu mesmo já estive com ele várias vezes e tenho muita simpatia em ver consolidada essa vinda do PDMB ao projeto que governa a cidade de São Paulo'', disse.

Tentativa de recompor com o PSDB

Kassab –  que ainda não assumiu a candidatura à reeleição – afirma que pretende preservar o ''casamento'' do ex-PFL com o PSDB. Aliados desde 2004, os dois partidos devem ter candidatos diferentes para disputar as próximas eleições. Um deve ser Kassab, vice do hoje governador José Serra (PSDB), que assumiu a prefeitura em 2007. O outro, o ex-governador Geraldo Alckmin.

O DEM quer a reeleição de Kassab e são apoiados pelo esquema José Serra nos governos municipal e estadual. Tucanos aliados de Alckimin, no entanto, insistem na candidatura própria, argumentando com o desempenho melhor do ex-governador nas pesquisas.

Kassab afirmou na terça que espera uma nova reunião DEM-PSDB para resolver a situação. ''Houve um encontro entre dirigentes dos partidos onde foi manifestada a importância da continuidade das alianças. Eu espero que nos próximos dias possamos nos encontrar novamente com o presidente do PSDB, José Henrique Reis Lobo, para que a gente possa examinar a continuidade dessa aliança. Considero a manutenção da aliança (com o PSDB) mais importante do que qualquer candidatura'', afirmou.

Da redação, com agências