Sem categoria

Deputada anuncia evento e defende democratização da mídia

“Não existe democracia plena num País onde os principais meios de comunicação comercial são controlados por meia dúzia de empresas, muitas delas de caráter familiar. Num mercado tão oligopolizado, a tendência ao pensamento único é enorme”. A opinião é

“O Fórum em Defesa da Mídia Livre será um momento de debate sobre a liberdade de expressão no Brasil e sobre as medidas para torná-la mais democrática e estimulante”, afirmou a parlamentar, criticando a situação atual da mídia brasileira, onde “impera a espada do pensamento único no Brasil”.



Para Perpétua, “temos de democratizar a mídia para fazer o povo refletir sobre si mesmo e sobre o mundo que o cerca de maneira livre”, acrescentando que “o Estado deve atuar no sentido de garantir ampla diversidade de opiniões nos veículos informativos, total liberdade de acesso à informação e o respeito aos princípios da ética no jornalismo e na mídia em geral”.



Sem contraditório



A parlamentar destaca que “a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática passa pela democratização dos meios de comunicação no Brasil”, lamentando que “ao analisar as manchetes dos principais jornais, sites e televisões do Brasil, que todos os veículos elegem, na maioria das vezes, os mesmos temas e as mesmíssimas abordagens. As opiniões são muito semelhantes umas às outras. Dificilmente ouve-se o contraditório”.



E acrescenta que: “um Estado democrático precisa assegurar que os mais distintos pontos de vista tenham expressão pública, e isso não ocorre no Brasil”. Ela critica o fato dos movimentos sociais, as comunidades e suas mais diversas formas de expressão cultural, de norte a sul do país, não terem espaço na mídia para mostrarem suas formas de pensar.



Perpétua diz que “temos o direito de ouvir a opinião dos democratas e dos tucanos sobre a reforma agrária, e também a opinião dos líderes do MST (Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra). Temos o direito de ouvir a opinião dos happers das periferias e também a dos policias do BOPE sobre a violência. Temos o direito de ouvir a opinião da igreja e também a dos movimentos feministas sobre o aborto”, exemplificou.



De Brasília
Márcia Xavier