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Erundina como vice de Marta é 'só especulação', afirma PSB

O presidente estadual do PSB-SP, deputado Márcio França, negou a possibilidade de um acordo entre a deputada Luiza Erundina (PSB) e o PT para a eleição municipal de outubro. O comando petista estaria disposto a oferecer a Erundina a vaga de vice na chapa

“Isso é só especulação. O que temos de concreto é que o Bloco (de Esquerda) está junto, vai sair junto. O candidato vai ser do bloco”, afirmou França. Esse bloco é a aliança formada no começo de 2007 por partidos como PSB, PCdoB e PDT. “Se a Luiza (Erundina) quiser ser candidata, vai disputar dentro do bloco”, enfatizou Márcio França.


 


O deputado federal Aldo Rebelo (SP), pré-candidato do PCdoB, reafirmou o acordo do bloco. “Esse compromisso nós já havíamos assumido. O PDT, o PSB, o PCdoB e o PRB – esses quatro partidos firmaram um compromisso de terem um candidato apenas à Prefeitura de São Paulo.”


 


Erundina, Aldo e o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT), o Paulinho da Força Sindical, são os três pré-candidatos do bloco à Prefeitura de São Paulo. Segundo Aldo, o nome deverá ser definido até o final do mês de maio.


 


Os dois líderes negaram a possibilidade de o bloco se unir para apoiar a candidatura de um outro partido. “Se você retira a candidatura do bloco, fica a impressão de que só existem dois lados na política, PT contra tucanos. O bloco veio para mostrar que isso não é verdade”, afirmou França.


 


Tanto Aldo quanto França minimizaram as denúncias contra Paulo Pereira da Silva (PDT) de envolvimento em um esquema de desvio de verbas do BNDES. “A posição do PDT e do Paulinho dentro do bloco não deve ser alterada em função de uma denúncia que sequer foi apurada e que nem sei se dela ele tomou conhecimento oficial”, disse Aldo.


 


Márcio França afirmou que acusações são comuns para pessoas públicas. “Quem está na vida pública sabe que quem não atravessa pedreira não chega no horizonte. Faz parte do jogo.”


 


PSDB x DEM


 


Atritada mesmo, na disputa em São Paulo, está a disputa entre os “aliados” PSDB e DEM. A pressão para convencer o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) a desistir de sair candidato à Prefeitura de São Paulo cresceu entre a ala serrista-kassabista do partido.


 


O secretário municipal de Esportes, Walter Feldman, disse que o grupo está colhendo assinaturas em defesa da manutenção da aliança DEM-PSDB para as eleições de 2008. Pelo abaixo-assinado, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) sairia candidato a prefeito em 2008, e Alckmin disputaria o governo de São Paulo em 2010.


 


Feldman afirma que Alckmin, “com a sua desistência”, é o único que pode reunificar o PSDB-SP. “Existe uma divisão real (no PSDB), pois são duas posições absolutamente antagônicas. E nós achamos que o único que pode unificar integralmente o partido é o Alckmin, com a sua desistência (à candidatura pela prefeitura de São Paulo)“, disse Feldman na abertura da contagem regressiva para os Jogos Olímpicos de Pequim, na Liberdade, região central.


 


Segundo Feldman, a insistência de Alckmin em se lançar candidato às eleições municipais estaria causando uma situação “constrangedora” para o governador José Serra (PSDB).


 


“É uma posição difícil, é evidente que ele (Serra) ficará ao lado do candidato do seu partido. Por outro lado, o Kassab é seu companheiro de chapa. Essa contradição, de ter dois pré-candidatos, coloca o Serra em uma posição constrangedora”, disse Feldman, que reiterou a intenção dos PSDB de lançar Serra como candidato à Presidência em 2010.


 


Da Redação, com informações da Folha Online