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Em Brasília, manifestantes formam folha de maconha no gramado

Cerca de 50 pessoas se reuniram neste domingo (4), em frente à Catedral de Brasília, para pedir a descriminalização da maconha, apesar da proibição judicial da realização da Marcha da Maconha. O ato, proibido em diversas cidades por determinações judiciai

Para cumprir a liminar da Justiça, a Polícia Militar do Distrito Federal mobilizou cem homens, incluindo uma equipe da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam). Os manifestantes brasilienses abriram faixas pedindo a descriminalização da droga. Impedidos de caminhar pela Esplanada dos Ministérios, formaram uma roda, leram incisos do Artigo 5º da Constituição Federal, que trata da liberdade de manifestação, e cantaram o Hino Nacional. Depois, os manifestaram se deitaram no gramado ao lado da Catedral, formando uma folha de Cannabis sativa, a planta da maconha.

Nos estados

No Rio de Janeiro, a manifestação em Ipanema reuniu ao menos 300 pessoas -a maioria delas com máscaras de Carnaval ou com o rosto de políticos como o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) e o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). No entanto, nenhum dos dois políticos compareceu à manifestação

Também em São Paulo, Cerca de 100 pessoas favoráveis à descriminalização da maconha se reuniram na tarde de domingo, junto à marquise de entrada do Parque Ibirapuera, com faixas que levam dizeres: “Legalização Já” e “Liberdade de Expressão”. Sem sair do lugar, os manifestantes gritaram palavras de ordem com o mesmo teor dos dizeres das faixas de protesto.

Policiais civis e militares monitoravam a manifestação, para garantir o cumprimento da decisão do desembargador Ricardo Cardozo de Mello Tucunduva, da Justiça do Estado de São Paulo, que proibiu a realização da Marcha da Maconha.

De acordo com o major Vanderlei Rodrigues, da Polícia Militar de São Paulo, os policiais permanecerão no local até que as pessoas se dispersem. “Vamos monitorar. Se ficarem parados, não há problema. Mas, se fizerem passeata, se se deslocarem, isso não será permitido. Estamos aqui para fazer cumprir a decisão judicial que proíbe a passeata”, disse.

A marcha seria realizada hoje, simultaneamente, em várias capitais do país mas foi proibida em nove delas. As proibições de última hora pouparam quatro cidades: Porto Alegre, Florianópolis, Recife e Vitória. O ato reivincativo semi-frustrado pelas proibições faria parte de uma articulação internacional, com manifestações previstas em 200 cidades de 40 países.

Da redação, com agências