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Bolívia: polarização preocupa ativista de direitos humanos

A Assembléia Permanente dos Direitos Humanos da Bolívia (APDHB) pediu ao governo, aos governadores e políticos da chamada Meia-Lua que reflitam sobre a polarizada situação de Santa Cruz, com 50% se manifestando pelo “Sim” no “referendo autonômico” e outro

Para a APDHB, conforme os resultados do plebiscito em Santa Cruz, há 50% do eleitorado que votou em apoio  ao estatuto autonômico e o resto está em desacordo – somando-se os eleitores que se abstiveram, votaram contra, nulo ou em branco.


Além disso Sonia avalia que “na realidade as pessoas votaram não pelo projeto e sim pela autonomia”. Ela julga que o resultado deste domingo foi um empate, num ambiente de violência, abstenção e fraude.


Triunfalismo na imprensa


A presidente da entidade criticou a conduta dos meios de comunicação, por assumirem posturas triunfalistas, quando em várias regiões do departamento de Santa Cruz, como Camiri e Montero, o absenteísmo teve percentagens elevadas.


A Assembléia Permanente dos Direitos Humanos da Bolívia expressou sua preocupação com o noticiário tendencioso sobre os resultados da consulta, que não reflete a realidade dos votos pelo “Sim” e da abstenção. “Estamos conscientes de que neste domingo se registrou 40% de abstenção, somado aos 15% do não”, disse Sonia Brito.


A leitura da APDHB é que “o resultado da consulta não foi um triunfo das elites do departamento de Santa Cruz, mas sim uma severa advertência”.


Sonia denunciou que os meios de comunicação da Bolívia decidiram neste domingo silenciar sobre as violações dos direitos humanos que se produziram em Camiri, Montero, Puerto Suárez, Portachuelo, San Ignacio, San Julián, Cuatro Cañadas, Yapacaní, San Pedro, Santa Fe e outras localidades.


A ativista disse que nestes lugares ocorreram enfrentamentos causados pela tropa de choque do governo departamental, a União Juvenil Cruzenhista, a prefeitura municipal e a Corte Departamental Eleitoral. Lamentou que a mídia oculte esse tema e em outros casos tente culpar gente do MAS (Movimento Ao Socialismo, o partido do presidente Evo Morales, que fez campanha pela abstenção).


Com ABI, Agência Boliviana de Informação: http://www.abi.bo